No hospital, o filho adotivo de Carlos vai ao encontro da amada, contando-lhe que Eduarda o desmascarou. “Sempre soube que, um dia, a tua mãe ia descobrir quem eu sou, não esperava que fosse assim, mas paciência. Esquece isso… foca-te na tua recuperação. Tens de ficar forte para saíres daqui o quanto antes. Para vires para ao pé de nós”, diz-lhe, começando a chorar. “Tive tanto medo de te perder, acho que nunca tive tanto medo na vida. Nunca me tinha sentido tão perdido”. A irmã de Afonso tranquiliza-o: “Estou aqui… Não me aconteceu nada, foi um susto e não tarda vou para casa”. Diogo aproveita aquele momento para pedir perdão e faz-lhe um pedido: “Amo-te tanto, a ti e à nossa filha. Vamos começar de novo juntos, com o Martim… Agora sem mentiras. Perdoa -me”. Mas a resposta não é a esperada: “Estou confusa, sinto-me perdida. E meio sem forças”, desabafa, com o amado a sugerir ajudá-la, até porque será melhor se estiverem juntos. A professora, todavia, não pensa da mesma forma: “A minha mãe acabou de saber que és o Rodrigo, que a enganaste este tempo todo…. Estar contigo agora é pôr os meus filhos em perigo, é comprar uma guerra que não me sinto com forças de travar”, solta. Ele arranja uma solução: “Não quero travar guerra nenhuma, saímos daqui, vamos para outro lado. A vida deu-nos mais uma oportunidade… Não a desperdices”, pede-lhe. “Percebo o que dizes, mas as coisas não mudaram… Tu continuas a ser o homem que me mentiu e me enganou…”, riposta a rapariga. Diogo volta a dizer-se arrependido. “Se soubesse, tinha-te dito logo ao início. Beatriz, eu amo-te e tenho saudades tuas”. De lágrimas nos olhos, ela pede-lhe que não insista e ele sai dali, frustrado.
O CONFRONTO
Dias depois, o militar está em casa a fazer festas à filha, depois de lhe dar o biberon. Tocam à campainha e vai abrir. Ao ver que se trata de Beatriz, fica radiante. “Tiveste alta? Porque é que não me disseste, eu tinha ido buscar-te”, solta. Ela diz que o pai e Martim a foram buscar e pede-lhe para entrar. “Nem acredito que te estou a ver aqui… De pé, que bom”, admite o rapaz, sentindo-se cada vez mais nervoso. “Se me tivesse s avisado, eu tinha dado um jeito à casa. Senta-te. Queres alguma coisa?”, pergunta. Mas ela continua de pé. “Não vou demorar, o meu pai está lá fora à minha espera, vou agora para casa dele e da Rosete”, diz. Diogo esmorece e desfaz o sorriso. A professora explica que apenas foi buscar a filha. “Assim sem mais nem menos?”, indaga o filho adotivo de Carlos. “Desculpa, vim direta do hospital. Não queria vir sem avisar, mas vim a conversar com o Martim no caminho. Gostava de levá-la comigo”, afiança Beatriz, deixando o ex-namorado triste. Mas ele assente. A filha de Eduarda aproxima-se de Teresa e emociona-se. “Finalmente juntas…”, desabafa, emocionada por finalmente pegar na bebé ao colo. De repente, a menina começa a chorar. “Devem ser cólicas, ela acabou agora de comer. Uma massagem na barriga costuma ajudar”, sugere o pai. “Ela já sossega no carro, não é filha?”, confidencia a irmã de Afonso. “Meti no saco o creme que ela usa sempre a seguir ao banho, foi o que a médica disse”, justifica Diogo. A ex-namorada agradece, ma ressalva: “Relaxa, vai correr tudo bem. Já tenho o Martim e há coisas que nunca se esquecem”, atira. Enquanto a vê a aproximar-se da porta, Diogo faz outro pedido: “Estou nervoso com a ideia de já não estar com ela sempre. Deixas-me visitar-te?”. “Claro que sim, e também a posso trazer aqui, para a Sara e o Carlos estarem com ela”, admite Beatriz, perguntando em seguida se Martim não tem reagido bem ao nascimento da bebé. O militar confirma as suspeitas: “Está a sentir -se ameaçado, acho que com o tempo conseguimos alguns progressos, mas quanto mais insistirmos, pior é”, admite ele. “Tens razão, mas eu vou falar com ele. Diogo… Eu nunca te vou impedir de estares com a nossa filha, nunca”, promete a rapariga. Diogo volta a insistir para ela ficar ali, mas Beatriz cora a palavra e diz que é impossível. Antes de ela sair, o militar entrega-lhe uma pen: “Fiz um diário da Teresa. Para não perderes nada…”, conta, entregando-lho e acrescentando: “Só quero que saibas que eu não vou a lado nenhum. Vou estar aqui sempre para ti”. Ela agradece: “Obrigada por teres tomado tão bem conta da nossa filha. Nunca me vou esquecer do que foste para ela quando não pude estar”, dispara, saindo em seguida e deixando o rapaz visivelmente angustiado.