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Na manhã desta terça-feira, 20 de abril, Diana Chaves e João Baião receberam Jennifer, uma das concorrentes expulsas de “Hell’s Kitchen”, no programa “Casa Feliz”. A cozinheira falou sobre a sua história de vida dramática – o cancro de mama e os maus tratos do marido. Jennifer disse que ficou sete meses sem falar com os filhos porque o marido não permitiu, até que a sua participação no concurso da SIC mudou a situação.
“Não aguentava mais o pai dos meus filhos. Optei por sair de casa. Porque houve dias que eu chegava do trabalho se eu esquecesse a chave em casa ele não me deixava entrar. Dormia na escada do prédio. Houve dias em que eu dormi na arrecadação do prédio”, revela Jennifer. A cozinheira disse que chegou a ir na polícia, mas não lhe foi permitido fazer uma queixa sem um advogado: “Levei vídeos, áudios, mensagens, apresentei ao polícia e ele disse-me: ‘Tens que ter um advogado porque não tens documento'”.
Jennifer disse que quando saiu de casa o marido não a deixou falar com os filhos durante 3 meses. “Ficava com medo de me aproximar porque ele ameaçava-me”. Foi quando o marido um dia ligou-lhe a dizer que regressou aos Estados Unidos da América e deixou os filhos na casa da tia. “Quando cheguei encontrei os meus filhos com fome, magros, sujos”.
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A cozinheira ainda revela que o senhorio obrigou-a a pagar mais caro pelo quarto que alugava devido a presença dos dois filhos. O restaurante onde trabalhava na época arcou com as despesas, porém Jennifer diz que não tinha ninguém para ficar com as crianças. “Foi quando levei para Cabo Verde, junto da minha mãe”. Mais tarde o pai das crianças foi buscá-los e levou-os para os Estados Unidos. “Eu disse, olha podes, mas nunca pensando que os meus filhos, ao sairem dali, eu nunca ia falar com eles”.
“Já há quase 7 meses que não falava com eles. Entrei em contacto com a procuradoria de menores em Cabo Verde. Não tive resposta. Falei com jornalistas e pessoas conhecidas em Cabo Verde e não tive resposta. Depois de aparecer no concurso é que recebi a chamada da ICCA, disseram-me que tinham recebido o meu-email, que tinham falado com o pai dos meus filhos”. Jennifer disse que recebeu a autorização para falar com os filhos todas as terças-feiras e quintas-feiras, e foi quando pôde finalmente conversar por telefone com o filho mais velho, que completou 8 anos.“A primeira coisa que eu perguntei é se ele está com saudades. Ele disse tenho. O mais triste foi o mais pequeno, porque ele não sabia com quem estava a falar”.