No dia seguinte, o pai de Guilherme reúne-se com o cliente e conta-lhe que a polícia apanhou o veículo a passar por uma portagem sem pagar e que seguia em direção ao litoral, por isso, ainda devem estar em Portugal. “Tenho de agir. Vou resolver este assunto à minha maneira”, solta Tomás, acabando por sair dali.
Na mercearia, Fátima confronta o tio, mas ele continua a negar e pede-lhe que saia. “Achas que não estou cheio de saudades da Leonor? Passo o dia a pensar na Leonor, em como está, o que está a fazer…”, diz ele, quando entra o socorrista. “Só cá faltava mais este agora. Combinaram, foi?”, pergunta. Eles negam. “Não combinei nada com a Fátima, vim aqui porque soube que o carro que era do seu pai desapareceu e passou numa portagem. Tenho a certeza que está metido nisto e que a Rosalinda não fugia com a Leonor sozinha”, explica o filho de Aida, mas o rival diz-lhe não estar interessado em ouvi-lo. Até que ele faz uma proposta: “Desisto do pedido da guarda da Leonor em tribunal se me disser onde está a minha filha ou se as trouxer de volta”, solta. Fátima fica em choque e aconselha o familiar: “O que o Tomás está a propor é bom. Elas voltam e continua tudo como está, vocês ficam com a guarda da Leonor”. Mas Domingos assegura que não sabe delas e Tomás acusa-o de estar a mentir. “A polícia vai encontrá-las e vocês vão ter graves problemas. Ou acha que a Rosalinda vai dizer que fez tudo sozinha? Explique-me porque não fez queixa do roubo do carro? Se o roubaram e não tem nada a ver com o assunto é do seu interesse fazer queixa”, solta. Atrapalhado, o merceeiro garante que só quer encontrar a mulher e a filha e pede à sobrinha que não se meta naquele assunto. “Não venhas para aqui fazer-te de preocupada, porque tu só queres saber do teu amigo. Mais uma vez escolheste o teu lado!”, acusa-a. “Não é verdade. Não escolhi lado nenhum, só o da Leonor!”, defende-se ela. Farto, Tomás pede-lhe que pense bem na proposta. “Vão à merda os dois! E deixem-me em paz!”, grita Domingos, entrando para o armazém. O ex-casal ainda fica a conversar com o socorrista a contar-lhe da ajuda que Elvira lhe deu. Ela promete-lhe ficar atenta e ele agradece-lhe.
Rosalinda manipula Leonor
Enquanto isto, no quarto da pensão, Leonor e Rosalinda conversam, com a menina a mostrar-se farta de ali estar. “Eu sei, filha, mas falta pouco para irmos embora. Tens de ter paciência. Nós estamos aqui por um bem maior. Para podermos continuar todos juntos temos de ficar aqui e esperar pelo pai”, explica, acrescentando: “O pai deve chegar amanhã ou depois. E nós vamos ficar bem. Sabes porquê? Porque vamos estar os três juntos”, promete. A menina continua impaciente.
Na manhã seguinte, em casa, Domingos está a tomar o pequeno almoço e Elvira entra sem pedir licença. Logo o tenta fazer ver de que tem que falar com Rosalinda, mas ele insiste que não há plano nenhum. Ele acaba por ir à casa de banho, mas deixa ali o telemóvel, que começa a tocar. Ao ver que é um número desconhecido, a mãe de Ivone atende e, do outro lado, ouve a voz da irmã, que, ao aperceber-se de que foi apanhada logo desliga. “Era a Rosalinda. Eu ouvi-lhe a voz! Ela ligou para falar contigo. Tu sabes onde é que ela está, Domingos? Diz-me! Onde é que estão a minha irmã e a Leonor?”, atira Elvira, mas ele continua a negar. “Se tu sabes de alguma coisa, diz de uma vez. O Silvério já da outra vez te ouviu com uma conversa estranha ao telemóvel”, acrescenta. “Que pena teres atendido a chamada. Talvez ela tivesse dito mais alguma coisa se tivesse sido eu a atender”, riposta ele.
Em casa de Fátima, Elvira conta-lhe e a Silvério o que acabou de acontecer com Domingos. “Vamos ter de ir à guarda. A polícia tem de saber que a Rosalinda ligou”, diz o pastor, deixando a namorada e a filha apreensivas. “Eu concordo. Não sabemos delas há dias… se estão a passar mal, a precisar de alguma coisa…”, solta a moleira. “E se o Domingos sabe mais do que nos conta, esta história tem de acabar. Custa-me porque parece que estou a trair a minha irmã”, lamenta a mãe de Fausto, decidida a ir à polícia.
Perante o que acabou de descobrir, Fátima telefona a Tomás e encontra-se com ele e Sebastião na casa deste último, revelando-lhes que Rosalinda ligou para o marido. Decidem fazer um novo pedido ao juiz e o socorrista esclarece: “O Domingos não pode saber de nada”. “Tu és a ligação mais direta que temos ao Domingos. Será que podemos confiar em ti?”, questiona o advogado. “Estou aqui, não estou? Foi ao Tomás que liguei, não foi ao meu tio. Por mim ninguém vai ficar a saber. Faça o pedido ao juiz e espero que a minha tia e a Leonor voltem o mais depressa possível”, riposta a rapariga.