Aquilo que nunca imaginou ver está prestes a acontecer. Depois de tantas guerras, Fátima e Carlota vão pela primeira vez dar um importante passo para as tréguas. E tudo acontece depois de a moleira reunir provas contra a rival no que à morte de Augusto diz respeito. Receosa do que ela possa fazer, a mãe de Mariana vai ao encontro dela e pergunta-lhe quanto quer pelo seu silêncio.
Inicialmente, a filha de Silvério fica indignada com as palavras da bandida, mas esta insiste: “Há duas hipóteses em cima da mesa: ficas calada e a tua vida melhora, abres a boca e eu atiro as culpas para cima do teu irmão”. Fátima assegura que a teoria dela não vai resultar, com Carlota a reiterar: “E se tiver sido ele? Podes afirmar com absoluta certeza que o Artur não empurrou o carro pela ravina?”. “O Artur seria incapaz de matar alguém, ao contrário de si”, acusa a tia de Anabela. “Eu não matei ninguém. Já o teu irmão, não sabemos. E basta alguém levantar a dúvida para ser ele o principal suspeito”, continua a dona do hotel. Nesse instante, Fátima começa a baixar a guarda e comenta: “Um dia vai ter de me explicar porque é que me tomou de ponta, a mim e à minha família”. “Estou a querer ajudar-te, tu é que estás a ser teimosa. Só tens de ficar calada sobre a morte de um velho que toda a gente odiava, a começar pelo teu pai. Diz um número! Qual é o teu preço?”, prossegue a mulher de Fernando. A rival fica pensativa por alguns instantes. “Então? Estou a dar-te uma oportunidade. Podes assegurar a educação da Anabela, saldar dívidas, garantir a velhice do teu pai, ajudar a inútil da Paula… Não sejas orgulhosa e aceita”, insiste.
É então que, para grande surpresa, a moleira aceita e explica a sua contraproposta: “Só quero o que me deve. Vou fazer contas e quero uma compensação financeira pelas sacas de farinha que mandou estragar e quero recuperar os contratos que tinha. Também quero que retire a queixa que apresentou contra mim, por causa do estalo que lhe dei no hotel…”, esclarece, provocando uma gargalhada na malvada. “E quero que promova a minha farinha. Fale com os clientes, com a imprensa, com a televisão… Toda a gente”, aponta. Carlota diz-lhe para não abusar da sorte, mas a rapariga confirma que aquelas são as suas condições. “Muito bem, eu aceito. Afinal, não és tão parva como pareces”, comenta a mãe de Mariana. Fátima apenas lhe faz um pedido: “Não volte a meter-se com a minha família”. “Eu de vocês quero distância”, riposta a vilã, saindo do local.