Ainda muito vai acontecer na história de Guilherme e Fátima. E nem mesmo a chegada de Sara e o facto de se envolver sexualmente com ela vai fazer com que o advogado deixe de pensar na moleira. Pelo contrário. Ele continua focado em conquistá-la e aproveita uma boleia dela, quando, de repente, têm um furo no meio da serra.
Simpático, o irmão de Marta tenta ajudá-la a mudar o pneu, mas não consegue. A tia de Anabela ri-se. “Não vais ser mais teimosa do que eu. Isto é uma questão de força… A experiência aqui é um detalhe”, diz ele. Contudo, acaba por raspar a mão na jante e faz um ferimento ligeiro. “Estás a ver? Já te magoaste”, constata a rapariga, preocupada. O advogado assume que é apenas um pequeno corte e ela estende-lhe um lenço para ajudar a estancar o sangue. “Devias desinfetar isso. Queres passar no hospital?”, pergunta a jovem, mas ele recusa. A jovem acaba por resolver o incidente e seguem viagem.
Já no moinho, Fátima desinfeta a ferida e ele ainda brinca com a amada. “Não vais conseguir, perdi muito sangue, já me estou a sentir zonzo…” Mas, sem que imaginasse, começa mesmo a sentir-se mal. A filha de Silvério não se apercebe logo disso. “Pára. Quis levar-te ao hospital, tu é que não quiseste. Se calhar até devias levar pontos…”, afirma. Nesse instante, Guilherme desmaia e a sócia de Jacinta tem mesmo de o amparar, começando a chamar por ele.
“És uma pessoa especial”
Instantes depois, o filho de Sebastião desperta e, ainda zonzo, olha apaixonado para a moleira. “Tu desmaiaste! Estás bem?”, pergunta a rapariga. “És tão linda…”, declara ele, acabando por lhe roubar um beijo. O momento de extrema cumplicidade é interrompido por Anabela, que telefona à tia. “Tenho um favor enorme para pedir. Deixa-me ir dormir a casa da Leonor. Vá lá… Desta vez vai correr tudo bem. O Tomás concordou. Fala com ele…”, pede a menina, enquanto a tia recusa. O socorrista pega no telemóvel e promete que não vai haver problemas, só que ela continua reticente. “E se for só para jantar?”, propõe Tomás. A ex-namorada acaba por aceder e desligam a chamada. Guilherme, ainda enlevado a lembrar-se daquele momento inesperado, pergunta quem era. Ela explica o sucedido. “Que pontaria, ligarem agora…”, considera o advogado, que se aproxima da amada, amoroso. “Isto não está certo, Guilherme. Não quero brincar contigo nem com os teus sentimentos… Só devia acontecer quando eu tivesse certeza do que quero”, afirma ela. “Por mim podes brincar o que quiseres… E seres menos correta. Eu aguento”, tranquiliza o irmão de Marta. Mas Fátima continua decidida: “Parvo. És uma pessoa especial para mim, Guilherme. Não te quero magoar com as minhas indecisões”. “Entendido. Se calhar… Vou desmaiar outra vez e tu reanimas-me”, finaliza ele, bem-disposto.