
“Sempre senti que este era o meu lugar”, disse Maria Leal Craveiro ao apresentar-se a Cristina Ferreira. A candidata nortenha é uma mulher do mundo e já viveu mesmo muitas aventuras. A entrada na “Casa dos Segredos” é, por isso mesmo, mais uma grande aventura na sua vida. Algo que ambicionava “há mais de dez anos”. Curiosamente, quando ainda era uma adolescente. A verdade é que Maria Leal faz parte de uma família muito conhecida na zona Norte do País. Mas sempre foi uma espécie de “rebelde”. “A Maria é uma menina muito especial e sempre teve ideias muito fixas e quis sempre ‘desafiar tudo e todos’”, partilha uma fonte próxima em exclusivo com a TvMais.
Há dois anos viveu seis meses longe de Portugal. E passou por tudo aquilo que ninguém poderia imaginar. “Se as expectativas eram altas, foi tudo ainda melhor do que algum dia imaginei que poderia vir a ser”, começou por desabafar a próxima num longo texto partilhado na rede social Facebook. “Vivi muita coisa, cresci, aprendi coisas novas todos os dias, tive de lidar com pessoas muito diferentes, conheci-me melhor a mim e aos outros, mudei (sem querer) a minha forma de pensar e de estar perante a vida. Vivi, literalmente, no campo, na praia, na selva e na cidade. Trabalhei num bar da praia, num hostel no meio da selva, num supermercado, num bar e num restaurante de luxo”, acrescentou.
Um pesadelo fora de Portugal
Mas a verdade é que muitas destas vivências poderiam ter corrido mal. “Não foram tudo coisas boas…”, admite, exemplificando: “Um dia entrei de cadeira de rodas num hospital de onde só saí 1 semana depois. Fui detida pela polícia num aeroporto durante 10 horas; tive um acidente de carro; numa noite fui assaltada por dois homens que me levaram tudo; tive uma intoxicação alimentar; cheguei a dormir numa esquadra”, apontou.
Estas situações marcaram-na e Maria Leal Craveiro admite mesmo que nada a surpreendeu. É que é algo que vem a acontecer na sua vida desde que se conhece como adulta. “A minha vida sempre foi um caso raro de pessoa com muita sorte/muito azar em extremos e sempre fui uma pessoa com muitas histórias para contar… mas agora a fasquia subiu muito. E o meu desde sempre lema de que as coisas acontecem todas por alguma razão fez nesta viagem mais sentido do que nunca”, garantiu. Por fim, ainda rematou: “Limitei-me a ir tentando olhar para o mal que me acontecia como conteúdo que a vida me estava generosamente a oferecer para melhorar o potencial das minhas histórias”.
A partida do seu grande apoio
Em 2012, Maria Leal Craveiro viu a sua “pessoa preferida” morrer. A avó Leninha, como a chamava carinhosamente, morreu. E ainda hoje é algo que a jovem lembra com saudade. Aliás, em 2017 chegou a partilhar um texto no Facebook a falar sobre o assunto. “Há 5 anos que a minha família está incompleta. Falta a pessoa com quem eu me dava melhor. A única que me percebia bem. A minha pessoa preferida. A mais parecida comigo no mundo inteiro… A minha querida Avó Leninha”, escreveu.
Mas a concorrente da “Casa dos Segredos” ainda admitiu que a saudade é algo com a qual tem vindo a aprender a lidar. “As pessoas perguntam-me se eu não tenho saudades do Porto, da minha família e dos meus amigos quando estou em Lisboa… Realmente não devem saber qual é o significado de saudades. Saudades não é poder falar por telemóvel quando queremos, nem poder apanhar um comboio ao fim de semana para as ir matar“, pode ler-se.
E continua: “Mas saudades não são 5 dias; saudades são 5 meses, são 5 anos. Saudades é pensar numa pessoa todos os dias e todos os dias sofrer porque sei que por muito que queira, já não a vou poder abraçar mais, nem ir com ela à missa, nem lanchar chá e scones depois do colégio, nem cantar músicas brasileiras no peugeot descapotável, nem ouvir os seus poemas, nem comer fôfinhos ao fim da tarde, nem rirmos abraçadas, nem sermos mais (e muito mais) felizes…”, escreveu.
Por fim, ainda garantiu que “99% do bem que faço é por ti”. “Espero que estejas orgulhosa de mim todos os dias”.