“Era necessário passar uma imagem de união e a Cristina não conseguiu!”, é desta forma que a especialista em comportamento humano explica o que aconteceu na abertura da gala que assinalou os 30 anos do canal de televisão. A profiler apresenta a análise da estrela da TVI na festa, e não tem dúvidas que a estratégia para continuar “a limpeza de imagem”, que tinha iniciado semanas antes, falhou redondamente. Exclusivo – Susana Areal faz a análise de Cristina Ferreira na gala dos 30 anos da TVI.

A especialista em comportamento humano analisou todos os movimentos da estrela na gala que aconteceu, a 19 de fevereiro. Numa noite em que era obrigatório passar a imagem de que tudo estava bem e se vive um ambiente de união entre todos na TVI, especialmente entre Cristina Ferreira e José Eduardo Moniz, a “patroa” falhou. Susana Areal faz esta análise no seguimento do trabalho que elaborou semanas antes. A “limpeza de imagem” que está em marcha desde a conferência “Cristina Talks”, que aconteceu a 14 de janeiro, na Altice Arena, em Lisboa.
Segundo a profiler, a tentativa de provar que a apresentadora é uma mulher do povo, depois de alguns erros que cometeu, voltou a cair por terra, assim como a luta pelo poder dentro da TVI. “Cristina escolheu um visual a fazer lembrar um vestido de noiva – está a dizer ao público: sou o centro da festa!”, aponta, nos primeiros momentos em que a estrela surgiu na passadeira vermelha do evento, que decorreu na Aula Magna, em Lisboa. “De branco, mas com a história da TVI no vestido, no corpo e na pele: contudo, tem os ombros para baixo e mãos juntas, a postura demonstra nervosismo”, explica, em primeiro lugar, Susana.
“Deveriam entrar próximos fisicamente e não a uma distância tão grande”
“Tenho aqui bordados todos os projetos pelos quais passei nestes quase 20 anos: quer passar a mensagem que ela, sim, está na TVI há 20 anos. Não dirige apenas, faz os programas.” Cristina usa a imagem para jogar com a perceção: “A noiva: pessoa mais importante da festa, o nome dos programas bordados no vestido, que é como quem diz, já trabalhei muito e não sou pessoa apenas de gabinete”. É no palco, no número de abertura da gala, que toda a estratégia de comunicação delineada pela TVI para aquela noite falha. Cristina e Moniz surgem juntos para cantar. “Era necessário passar uma imagem de união e a Cristina não conseguiu!”, revela Susana na sua análise. “O lema da música era ‘Estamos juntos na TVI’ e para que a mensagem passasse deveriam entrar próximos fisicamente e não a uma distância tão grande”, explica a profiler.
“José Eduardo Moniz representa bem o papel, sorri, vira o tronco e pés para a Cristina“
“José Eduardo Moniz representa bem o papel, sorri, vira o tronco e pés para a Cristina – trabalhando em equipa para mostrar união. Já Cristina não se vira para ele, mantém os pés sempre virados para a frente e canta, olhando a plateia; depois olha para Moniz, por breves segundos (sem virar os pés para ele) e nada diz, voltando-se de novo para o público. Não consegue cantar a letra olhando para ele, o que é um fator de alerta.”
Como o ambiente já se previa tenso, entra Manuel Luís Goucha, que é respeitado por ambos. “Todos esperavam esta tentativa falhada de demonstrar união e introduziram um peso-pesado com experiência para ajudar. Foi uma jogada inteligente, pois estava a ser doloroso assistir”, sublinha a especialista em comportamento humano. “Moniz demonstra assertividade, dizendo tudo olhando para ela, e com o corpo voltado para ela, um pé totalmente na sua direção. Cristina Ferreira dança sempre só com ombros e cintura, muito sensual e feminina, fazendo expressões faciais frágeis, como se fosse o alvo”, explica.
“Um momento que, em vez de ser uma união, se transformou noutra batalha pelo poder!”
“Daí para a frente, Cristina começa a sentir-se mais forte! A voz sobe, os movimentos alargam e, inclusive, faz um gesto grande de braço no ar que demonstra ‘estou em controlo, estou a brilhar’. Ganhou força e à vontade para vencer um momento que, em vez de ser uma união, se transformou noutra batalha pelo poder! Continua a dançar com mais à vontade e segurança, em direção a Manuel Luís, ignorando José Eduardo“, explica, em seguida.
Susana analisa, em seguida, o momento em que a atuação de ambos termina.“Moniz vai embora, sem um olhar, um gesto, uma palavra – como quem diz: ‘Serviço feito, não tenho de aturar mais isto’. Cristina dá a ordem: ‘Onde é que vai? Venha para aqui José Eduardo!’ Dizendo em seguida: ‘Não sei se perceberam, mas o microfone do José Eduardo não funcionou tão bem. Fui eu!’ – cerra a mão de vitória, mostrando ‘quem ganhou fui eu’ com um grande sorriso.” De acordo com a análise de Susana: “José Eduardo aguenta-se com charme a sorrir e diz ‘exatamente’ – ao estilo ‘leva lá a bicicleta, miúda’. No momento seguinte, Cristina tenta pôr-lhe a mão por cima do ombro, como quem diz ‘eu é que mando’, gesto que faz com todos os que pode.
“Não restam dúvidas de que o ambiente está de cortar à faca”
Contudo, Moniz faz-lhe uma barreira de pé impondo a distância e usa o seu braço para fazer o mesmo. Isto significa uma guerra de poder ao nível da linguagem corporal. José Eduardo, controlou o ataque, ganhando”, revela a especialista. “Ambos queriam ter a palavra final, pois esta pertence ao líder, logo não se calavam… Teve de ser Goucha a intervir para acabar com a situação. Não restam dúvidas de que o ambiente está de cortar à faca. A sorte é que José Eduardo Moniz é um senhor com muita experiência e sabe fazer as coisas com classe”, diz, em síntese, Susana.
Percorra, por fim, a galeria de imagens. Exclusivo – Susana Areal faz a análise de Cristina Ferreira na gala dos 30 anos da TVI
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