Não há nada que Cristina Ferreira, 35 anos, e Manuel Luís Goucha, 57, não façam na TVI. Todas as manhãs entram no canal logo pelas 7 horas para se preparem para “Você na TV!”, programa líder no seu horário. Depois, aos domingos, conduzem “A Tua Cara Não me é Estranha” com igual sucesso. Pouco descansam, mas a energia e boa disposição estão sempre presentes quando sobem ao palco. Desde a saída de Júlia Pinheiro que são as estrelas mais cintilantes da estação e as mais recrutadas pela Direção. Com a dupla reunida, o sucesso está garantido. “Mas há dúvidas de que somos as maiores estrelas do canal?!”, brinca o apresentador, para logo explicar que o sucesso da estação não se deve apenas a eles os dois. “Aqui há muitas outras estrelas. Nós estamos nos desafios para os quais nos convidam e, obviamente, tentamos sempre fazer o melhor, como se fosse o primeiro dia.” Cristina, que se estreou na TVI há nove anos, depois de ter sido aluna de Goucha e de Júlia, concorda. “Um canal não se faz com duas pessoas. Nós damos a cara por uma equipa que trabalha muito bem. Mas damos o litro e o decilitro por esta estação. A TVI faz 20 anos e, obviamente, estamos todos de parabéns.” Foi aqui que a loira com a gargalhada mais potente da televisão portuguesa deu os primeiros passos e onde continua a vislumbrar um futuro risonho. “Não me recordo exatamente do primeiro dia, mas descobri como chegava aqui vinda da Malveira! Depois, recordo-me de ter integrado logo uma equipa fantástica, a do ‘Extra’ do ‘Big Brother’, com o José Carlos Araújo, o José Manuel Santos e a Paula Castelar. Eram todos muito divertidos e receberam-me tão bem. Tive a sorte de poder crescer nesta casa. Temos um casamento feliz”, conta. O primeiro direto durou oito minutos e correu na perfeição. “Acho que vais ficar. Falas, falas, falas”, disse-lhe José Carlos Araújo. E ficou.
A este desafio juntou-se um maior: fazer parceria com Goucha, que para ela era um senhor da televisão. “Lembro-me de não o conseguir tratar por tu”, afirma. Mas, ao contrário do que ela imaginara, o veterano gostou da ideia de partilhar as manhãs com a novata. “Resultou logo muito bem no primeiro dia, mas foi dramático para a equipa, porque não gostamos de ensaios e não fazemos nada do que combinámos”, refere.
Manuel tinha regressado à TVI em 2002, após ter recebido um convite irrecusável de José Eduardo Moniz, na altura o diretor-geral, para apresentar “Olá, Portugal”. Já lá tinha estado nos primórdios, em 1993, com “Momentos de Glória”. Quanto ao futuro, não sabe onde vai estar a trabalhar, porém, tem a certeza que será em televisão. “Daqui a 20 anos, terei 77 anos. Poderei estar a fazer o Novos Horizontes”, brinca, acrescentando. “Vamos estar por cá muitos mais anos. Vão ter de nos aguentar!”