Depois do adiamento do lançamento, devido ao impacto causado pela pandemia da Covid-19, o segundo álbum de Fernando Daniel, de 24 anos, já está disponível e as expectativas do artista não poderiam ser mais elevadas. “Presente” é o segundo disco do cantor, depois do estrondoso sucesso do álbum de estreia, “Salto” (2018). O músico apresenta agora um trabalho em que reflete a sua maturidade, num registo mais íntimo que promete surpreender os fãs.
Com este álbum quer, como diz, reforçar a sua afirmação como artista, autor e compositor. “Sinto que ainda há muito estigma e, até, muita aversão às pessoas que vêm de programas de talentos, como é o meu caso [venceu, em 2016, a 4a edição de “The Voice Portugal”].
“O disco chama-se ‘Presente’ de presença, de Eu estou aqui”, começou por dizer Fernando Daniel, referindo-se ao seu novo trabalho. “É um disco muito mais maduro. É um espelho daquilo que sou. É um trabalho que retrata exatamente como estou neste momento, enquanto artista e enquanto pessoa. Julgo que vou surpreender”, assegura. “O álbum é muito especial, retrata histórias minhas, que vivi ou que vi viver. Sou suspeito, mas ao ouvir este álbum as pessoas podem inspirar-se bastante com algumas canções, porque vão fazer chorar.”
Meses difíceis
A viver em Ovar, com a namorada, Sara Vidal, o artista foi surpreendido com o cerco sanitário à sua cidade devido ao elevado número de casos de Covid-19. “Estive privado da minha família, em particular do meu pai. A situação dele preocupava-me porque é doente crónico do coração, tive medo e a distância custou-me bastante”, recorda. A família do artista aumentou mas o distanciamento social obrigou-o a estar longe neste momento especial. “Nasceu o meu sobrinho, fui a casa da minha irmã e conheci o bebé através da janela. Estas coisas a nível psicológico custam um bocadinho”, confidenciou.
Também a nível profissional sentiu na pele estes tempos difíceis. “Custou-me ter de adiar o lançamento do disco e de ter perdido os meus concertos, tinha 60 espetáculos agendados e, até agora, não fiz nenhum. A possibilidade de adiar os espetáculos nos Coliseus também me preocupa, porque ainda não sabemos o que vai acontecer. São os meus primeiros concertos nos Coliseus e eu quero que seja uma coisa incrível.”