“Nunca consegui ‘torcer’ por nenhuma delas. Vieram as duas de mim e não quis tomar partidos”, confessa Júlia Belard, que deu corpo às gémeas Carolina e Camila em “Anjo Meu”. No entanto, a atriz admite que o fim trágico de Camila [que se suicida, após ser violada pela segunda vez na vida] lhe “custou muito”: “Tenho um certo fascínio por personagens que saiam um bocadinho do normal, por isso é que gostava muito dela”. A poucos dias do final das gravações da novela da TVI, Júlia sente que o desafio “foi difícil, mas correu bem”. A prova disso é o facto de as pessoas a interpelarem na rua, a propósito das duas gémeas: “Perguntam-me sempre qual delas sou, principalmente os mais pequeninos e os mais velhos!”
Feito o balanço de quase um ano de rodagem, a atriz considera que a cena da violação de Camila foi, sem dúvida, a mais complicada. “Fui caracterizada com várias nódoas negras, mas a verdade é que, passados três dias, ainda tinha o braço todo negro das quedas e dos puxões”, recorda. “No fim do dia, ainda estava triste e chorei um bocado…2 Depois de tanta emoção, a jovem faz um voto profissional: “De desgraças já chega! Como atriz, gosto muito da carga dramática, mas já estou com saudades de um papel mais leve”.