É já no capítulo desta quarta-feira, 26 de Agosto, que Diogo vai, finalmente, revelar a Beatriz a sua verdadeira identidade. Tudo acontece depois de a professora encontrar, em casa do militar, recortes de jornais e revistas com informações sobre Eduarda. Ao aperceber-se de que está prestes a ser desmascarado, o rapaz procura-a, no refúgio de ambos.
No meio do campo, Beatriz está sentada, pensativa, quando vê o namorado a aproximar-se. “Não foi por acaso que me encontraste, pois não? Tens a lição bem estudada…”, atira ela, continuando: “Vi um dossiê em tua casa. Tinha fotos minhas, da minha família, notícias de jornal… uma coisa estranhíssima”. Diogo percebe que foi a amada quem lá esteve. “Fui. E a menos que tenhas uma explicação muito lógica, quer-me parecer que não vou pedir desculpa por ter andado a mexer nos armários. Diz-me que aquele dossiê é do teu pai… Ele está a investigar a minha mãe”, continua ela. Sincero, ele assume que os documentos são dele e pede desculpa. “Desculpo o quê? E pensa bem no que é que vais dizer. Eu já sofri muito com mentiras, fui casada com um homem obcecado, violento… e acreditei que tu eras diferente”, diz Beatriz, de lágrimas nos olhos. “E sou. Há uma explicação lógica”, defende-se.
A professora continua a atacá-lo e recorda as palavras de Rita. “Eu nasci aqui. Os meus pais eram os donos da herdade onde tu cresceste. Eu vivia com eles e com o meu irmão até ao dia em que me levaram… Levaram-me daqui quando eu estava a brincar com a minha melhor amiga… a agente Beatriz”, atira ele, deixando-a perplexa. Lembrando o que aconteceu no passado, Beatriz nega com a cabeça, assustada. “Tu estavas no baloiço a rir, e foste a minha última memória feliz. O teu riso foi o último que ouvi em Vila Brava”, continua Diogo. Em negação, ela solta: “Não, não pode ser… Mentiroso”, grita, virando-lhe as costas, decidida a ir-se embora. “Bia, espera…”, diz ele. Ao ouvir o nome pelo qual o amigo a chamava, volta atrás, de coração apertado. “Desculpa. Desculpa não te ter contado. Bia, eu sou o Rodrigo”, dispara.
A professora fecha os olhos e abre-os de novo, como se quisesse acordar de um pesadelo. “Tu és o Rodrigo… o Rodrigo que eu procuro há anos”, constata ela. “Mudei de nome quando voltei de Berlim e fui adotado pelo Carlos. Era uma história mediática e eu ia ser sempre visto como o miúdo raptado. E o Carlos receava que os raptores quisessem acabar o que tinham começado e me fizessem mal”, justifica-se ele. Intrigada, Beatriz quer saber quem o raptou e Diogo assegura que o pai dela esteve envolvido no caso. “Ele já admitiu. Mas a ideia não foi dele. O Jorge e o irmão fizeram tudo a mando da tua mãe…” Ela continua em choque. “Não sei se foi por causa da gravidez, se foi porque o meu pai não a quis assumir, se foi só por dinheiro… Nunca soube os verdadeiros motivos”, continua ele, mas a namorada não quer acreditar. “Não! Isto é tudo mentira! Tu não és o Rodrigo… Não podes ser! E a minha mãe tem feito muita coisa, mas não raptou o meu melhor amigo. Não… Ela não me fazia isso”, solta.
Arrasado, o militar olha para a namorada e justifica-se: “Passei 30 anos a tentar saber quem eram os responsáveis e descobri antes de vir para Vila Brava. Foi a tua mãe que mandou o Jorge e o irmão levarem-me e foi ela que ficou com o dinheiro do resgate. Foi assim que comprou a herdade!” Beatriz toma consciência de que tudo pode ser verdade e pergunta, a chorar: “Vieste para te vingar? Foi por isso que te aproximaste de mim, não foi? Tu usaste-me para te vingares”. “Não, isso não é verdade. Beatriz, eu nunca quis fazer-te sofrer. E tentei manter-me longe de ti, tentei com todas as minhas forças não me apaixonar. Mas não consegui… Acho que me apaixonei logo quando te reencontrei”, reage o namorado. Ela quer saber quando é que ele tencionava contar-lhe e ele garante: “Não ia. Escolhi viver como Diogo porque desisti de tudo isto por tua causa. Sabia que não ias compreender”. A irmã de Afonso limpa as lágrimas e começa aos gritos. “É claro que não ia compreender. Trouxe-te aqui, disse-te que este sítio era especial, falei-te das nossas brincadeiras, das saudades… Eu nunca te esqueci, esperei por ti a minha vida inteira…” O filho de Carlos pede-lhe que o entenda: “O meu pai foi assassinado à minha frente, eu separei-me do meu irmão… A minha mãe morreu, perdi tudo. A Eduarda destruiu a minha família”. “E tu destruíste o que nós tínhamos”, responde, de imediato, a professora. O militar pede-lhe que não diga tal coisa. “Eu amo-te. E o meu amor por ti é mais forte que esta maldita vingança.” Beatriz pede-lhe que não lhe fale de amor. “Não quero um amor construído em cima de uma mentira. E tu estás a mentir-me desde que chegaste. Fica longe de mim”, pede-lhe, virando-lhe novamente costas. “Eu desisti de me vingar da tua mãe, desisti de ser o Rodrigo, por ti”, suplica o rapaz. Mas ela está intransigente: “Cala-te! Quero-te calado. Acabei de ser traída pelo meu melhor amigo e pelo homem por quem me apaixonei. Sabes o que é que sinto por ti e pelas tuas mentiras? Raiva”, acrescenta, deixando o local.
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