É com o Alqueva como pano de fundo, sob o sol que já se faz sentir, que têm sido passados os dias de Tatiana Valério, de 31 anos. Desde outubro que ali vive com o companheiro, Joaquim, e a filha, Maria Constança, que celebra agora o primeiro ano de vida. Radiante, a ex-concorrente do reality show da SIC não esconde que é hoje uma mulher muito mais feliz e que a vida no campo é ainda melhor do que imaginava.

A Maria Constança acaba de celebrar 1 ano de vida. Como tem corrido esta aventura de ser mãe?

Como costumo dizer, é desafiante, arrebatador e, igualmente, maravilhoso. É realmente uma experiência completamente nova mas difícil. Temos de nos reinventar como pessoa para nos conseguirmos adaptar a uma realidade diferente de tudo aquilo a que estávamos habituados. Deixamos de ser a prioridade para tudo e isso acaba por ter consequências, como é óbvio. Ultimamente, tenho até tentado falar sobre isso, as consequências da maternidade. É efetivamente uma coisa maravilhosa, mas que traz consequências negativas para a vida.

No seu caso, o que mudou?

Acima de tudo, e na parte negativa, sem dúvida, o cansaço físico. Já não durmo o que dormia, por exemplo (risos). A Maria também não é uma bebé que durma muito bem. Deixamos de ser a prioridade, temos sempre alguém dependente de nós e que não podemos descurar em nenhuma altura. Temos até falta de tempo enquanto casal.

O que é que isso alterou na sua vida com o seu companheiro?

Nós não tivemos muita vida antes da Maria (risos). Esse é o grande desafio para um casal e isso também me faz acreditar que se aguentamos isto, aguentamos qualquer coisa. Portanto, acabámos por, numa fase ainda muito precoce da nossa relação, fazer coisas que as pessoas acabam só por concretizar ao fim de muitos anos: o juntarmo-nos, o começarmos um negócio, mudarmos para uma vida nova, termos uma filha. Foi muita coisa. Este ano foi realmente muito arrebatador.

E foi mãe em pleno pico da pandemia, no primeiro confinamento, em março de 2020.

Exatamente. Não foi o parto que tinha planeado. Tinha imaginado que, eventualmente, poderia ter um parto super-humanizado, com o pai presente, uma coisa fantástica. Acabei por ter um parto sozinha, uma cesariana… Lá está, tive de me reinventar, de me adaptar ao que tinha.

Nova vida no Alentejo

Mudou-se para terras alentejanas a tempo definitivo em outubro. Como tem corrido?

Já fizemos seis meses de vida no campo e se me pergunta se trocava esta vida, sem dúvida que não, jamais! Tem coisas negativas – é óbvio! –, tem de se gostar muito para deixar toda uma vida citadina e para nos mudarmos para o meio do nada. Para chegar a qualquer lado temos de andar um bocadinho. Habituei-me a fazer 17 quilómetros para ir ao supermercado, mas também lá está, faço esses 17 mais depressa do que 5 em Lisboa. É preciso gostar mesmo para que a parte positiva se sobreponha à negativa. Para mim, é o realizar de um sonho, sem dúvida alguma.

Tem sido aquilo que imaginava?

Melhor ainda. Como geralmente vou sozinha – ainda para mais em tempos de pandemia, e só saio mesmo para ir às compras, até mesmo por causa da bebé –, é quando tenho os meus cinco minutos de reflexão em que olho para o lado e penso: ‘Bolas, estou no campo a viver o meu sonho’. Quase que parece uma coisa um bocado parva uma pessoa pensar nisso quando vai às compras, mas é mesmo a verdade. É o realizar de um sonho. Agora, a prioridade já não é ir a lojas de roupa. É, sim, ir a lojas agrícolas e de bricolage (risos). Há todo um novo mundo. Tal e qual como com a minha indumentária: neste momento, passou a ser calças de ganga, galochas e algo para meter por cima… As prioridades mudaram e apaixonei-me por uma vida no campo, por coisas completamente diferentes.

Como ocupa o seu tempo aqui na herdade?

Deixei a minha profissão completamente em Lisboa, mas continuo a trabalhar em casa. Deixei esse stresse e essa vida lá na cidade. Tenho um negócio online na área dos mercados financeiros e consigo conjugar a maternidade com o meu trabalho. Acabo por gerir toda a parte deste negócio, mantenho a minha ligação ao mundo exterior através do computador. Sou eu que trato da gestão da empresa de prestação de serviços agrícolas que tenho com o Quim. Relativamente aqui à herdade, temos um projeto agrícola que eventualmente só arrancará para o ano. Neste momento, estamos a tratar das bases. Para 2022, queremos arrancar com a exploração da herdade.

A sua vida depois do programa ainda é melhor do que já era?

Sim, sem dúvida. Conheci o Quim nas gravações do programa. A vida acabou por seguir o seu rumo, aconteceu depois do programa, acabámos por nos conhecer, juntar, fazer a nossa vida. No fundo, foi o programa que me trouxe a vida que hoje tenho.

O desejo de ter outro filho

Ainda só passou um ano desde que deu à luz, mas Tatiana quer ter mais filhos. “Agora é preciso sedimentar o que já está construído. Foi uma mudança muito grande, o ter a Maria, começarmos o projeto, o Quim também passa muito tempo fora de casa. Tudo a seu tempo. Não daqui a muito – que é para eles também se aturarem um ao outro –, mas primeiro sedimentar aqui o que já está pronto”, confidencia.

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