
Deu à luz em pleno pico da pandemia, de cesariana, mas não esconde que o parto jamais será esquecido. Feliz com a pequena Maria Constança, já pensa em ter outro bebé!
Como têm sido estes dois meses como mãe?
Já me habituei à privação de sono (risos). Ser mãe é um sonho incomparável a qualquer outro. De todos os sucessos que poderia almejar, este, sem dúvida, é o maior de todos. Acho que descobrimos um amor dentro de nós que não sabíamos que existia, até nos esquecemos dos quilos extra.
A privação do sono é o pior de ser mãe?
Não. A falta de sono repõe-se no dia a seguir e habituamo-nos a dormir menos horas. É por uma boa causa.
O que mais a tem surpreendido nisto de ser mãe?
A minha capacidade de superação. O ter feito uma cesariana quando planeei toda a gravidez um parto normal, o ter passado pelo parto sozinha. Todos os medos de subitamente termos um ser tão frágil totalmente dependente de nós.
O que é que sente que já mudou na sua vida?
É um sentimento quase que imediato. Na primeira noite na maternidade, não dormi. Cada vez que ela respirava mais fundo, ou que se mexia, eu ia lá sempre. Mas há um instinto que cresce dentro de nós e que torna tudo diferente. Mesmo quando ela às vezes tem de ficar em casa com a avó porque tenho que ir a algum lado, cinco minutos depois de sair já estou a telefonar a perguntar se ela já acordou, se está bem.
Com quem é mais parecida?
É igualzinha ao pai. Ficou só com os olhos da mãe. O ter olhos azuis é a minha vingança pessoal (risos).
Como tem sido a recuperação?
Ótima. Já não tenho dores e a minha cicatriz mal se vê. Hoje em dia, uma cesariana já é mais fácil.
Já começou a recuperar a sua forma física?
Engordei 20 quilos na gravidez e, devido à cesariana, durante o primeiro mês estive muito limitada fisicamente, portanto tenho uma gordurinha a mais. Mas neste momento a minha principal preocupação é ela, visto estar a amamentar.
Foi muito importante para si amamentar?
Sinto-me muito abençoada por poder amamentar. Depois de uma cesariana muitas vezes acontece o leite não subir. É indescritível, é um momento de ligação entre nós.
Já começou a dar passeios?
Para já, temos ficado mais em casa. Com toda a situação do vírus não quis expô-la. Também tem sido importante este tempo para nos adaptarmos uma à outra.
Ela já a reconhece?
Sim, são daqueles momentos em que sentimos o coração gigante. Já se ri imenso, dá gargalhadas e já sabe protestar.
Nesse aspeto é parecida com a mãe?
Tal e qual… até tenho medo. Mas pelo menos sei que vai ter personalidade forte, que é, como quem diz, mau feitio.
Já pensa num outro bebé?
Penso. Quis ser mãe a partir dos 30 porque achei importante ter tempo para me divertir, crescer e amadurecer, com a consciência de que a partir de uma certa altura a gravidez se torna mais complicada. Gostava de ter mais um e que pudessem crescer juntos.
O que sente ao ver a terceira edição do programa?
Um bocadinho de nostalgia. Foram dias muito divertidos. Vou sempre ter uma boa recordação.
Já tem alguns favoritos?
Sou fã da Mafalda Rodrigues. É divertidíssima e está a aproveitar a experiência da melhor maneira. E gosto muito do Francisco, é um alentejano a sério.