
Quem o conhece gaba-lhe o foco, a determinação e o profissionalismo. Em “Hell’s Kitchen”, o seu talento para mundo da cozinha e o espírito competitivo têm marcado a sua prestação. Lucas Fernandes, 31 anos, veio de Vila Verde para a “cozinha do inferno” com o objetivo de voltar ao mundo da culinária. “No ano passado, a pandemia acabou por colocar o País num estado quase de banho-maria durante algum tempo e o bicho da cozinha foi começando a aparecer novamente. Quando ele viu a promoção do casting a chama reacendeu-se. E como é um homem de desafios e muito competitivo, inscreveu-se”, conta um amigo à TvMais. É que, durante muitos anos, o empresário esteve ligado ao mundo da cozinha, mas desde que regressara a Portugal, há três anos, deixara-o de lado.
Nascido e criado numa família “com muito jeito para a cozinha”, Lucas Fernandes nunca pensou fazer deste o seu mundo. “O Lucas sonhava ser arquiteto, mas o pai dele disse-lhe que não havia dinheiro para estudos”, recorda a nossa fonte. O progenitor aconselhou-o então a ser mecânico, mas o concorrente de “Hell’s Kitchen” recusou. “Ele preferiu ir estudar cozinha. E foi o que fez, começou a tirar o curso quando estava no equivalente ao nosso 9o ano e depois seguiu até tirar o equivalente ao 12o.” Paralelamente aos estudos, o rapaz sempre trabalhou. “Enquanto ele estava na escola, lavava loiça no restaurante de um hotel. Trabalhava ao fim de semana para ter uns trocos para a semana. Ele falou mesmo com o responsável do espaço para lhe aconselhar uma escola em que pudesse tirar o curso profissional e foi o que fez”, prossegue este amigo. A verdade é que, com o passar do tempo, Lucas foi “subindo” de posto e o seu talento foi-lhe valendo variados reconhecimentos. Chegou a passar por hotéis de cinco estrelas na Alemanha, em restaurantes com duas estrelas Michelin e até trabalhou a bordo do melhor navio de cruzeiro do mundo, o “Europa 2”. Mas, aos 25 anos, realizou um dos seus grandes sonhos e inaugurou o seu próprio restaurante, o Rabatos. “Ele já tinha uma década de experiência na cozinha e era um dos grandes sonhos, tal como o de qualquer cozinheiro. Era um espaço ligado às carnes”, relatam-nos. O sucesso foi de tal forma que chegou a inaugurar mais um espaço.
Todavia, há cerca de três anos, decidiu regressar ao nosso país. “O Lucas sempre gostou muito de Portugal e já vivia há muito tempo lá fora. Nas férias, vinha poucas vezes a casa, porque, entretanto, começou a trabalhar e esses períodos de descanso já não coincidiam com os dos pais. Desejava voltar… Até que tomou a decisão, fechou os restaurantes e voltou para Vila Verde”, descreve a nossa fonte. Quando chegou a Portugal, Lucas vinha sem saber que rumo tomar ao certo. “Ele andou uns quatro, cinco meses, a pensar no que fazer. Decidiu trabalhar por conta própria, fez prospeção de mercado e é então que lançou a FinesseLeague, um negócio de carnes maturadas”, acrescenta. Esta empresa tem sido um sucesso (ver caixa) e, mais recentemente, juntou-se aos colegas de “Hell’s Kitchen” Diogo e António Pedro para uma nova experiência gastronómica. “O Lucas é um grande empreendedor e a verdade é que o bichinho da arquitetura está sempre com ele, em tudo o que envolve obras ele está metido. Gosta de meter as mãos na massa e é um criativo, gosta de opinar, de ver, de estar atento a tudo. E está sempre a querer crescer, quer como pessoa quer como profissional”, dizem-nos ainda.