Já falta muito pouco para Fátima descobrir que Gustavo sabia mais do que dizia sobre a morte de Artur. Esta situação vai provocar o afastamento definitivo de Tomás, como já lhe demos conta, mas, mesmo desiludido com a amada, o socorrista não desiste de a ajudar e vai fazer de tudo para encontrar o irmão.
Para tal, o ex de Mariana passa a noite no moinho. De manhã, vê a porta a abrir-se e acaba por perceber que é o irmão, que está ali à procura de comida. “Gustavo!!! Finalmente”, diz Tomás, fazendo com que o rapaz se assuste e fuja dali. O socorrista corre no seu encalço e acaba por conseguir apanhar Gustavo, que escorrega e cai. “Deixa-me em paz, porra!”, pede ele, debatendo-se e ainda dá um soco ao irmão. Este acaba por se conseguir libertar e vira o jogo a seu favor, anunciando: “Pára, acabou! Tu não vais a lado nenhum”.
Gustavo acaba por parar de se debater e o irmão pede-lhe que vá com ele. “Se vou contigo, sou preso!”, atira o rapaz. “E qual é a opção? Vais passar o resto da tua vida escondido? A fugir à polícia? Isso não resolve nada”, riposta Tomás. “É melhor do que ir preso!”, defende-se ele. E o irmão desabafa: “Estás a dar cabo da tua vida!”. “Se for dentro é que dou cabo da minha vida, não percebes isso?”, queixa-se ele. E é nesse instante que o socorrista lhe explica que está do seu lado: “Nunca mais vais poder ver a mãe, o pai… Nunca mais vais poder ter uma vida normal! E tudo por um crime que não cometeste? Tu não és culpado”. Gustavo está de lágrimas nos olhos. “Diz isso à polícia! Não vês que estou lixado? As provas…”. “As provas não mostram que tu o mataste! Pensa: se te entregares só vais mostrar que não tens nada a temer”, explica o irmão, acrescentando: “Quanto mais tempo passa, pior é. Até a polícia espanhola já anda atrás de ti. Vem comigo, falamos com o Sebastião. Ele já disse que te ajudava!”.
Apesar de tudo, o rapaz diz não poder. Mas o irmão volta a veicular: “Tu não mataste o Artur! E nós vamos provar essa merda, estás a ouvir? Tu não estás sozinho!”. Gustavo defende-se, querendo saber quem é que vai acreditar nele: “Eu acredito… A mãe acredita… Confia em mim. O Sebastião vai-nos ajudar… Temos é de fazer bem as coisas, percebes? E isso implica vires comigo e entregares-te. Se não vieres só vais estar a admitir uma coisa que não fizeste”, responde o amado de Fátima, fazendo com que o irmão se sinta obrigado a segui-lo. Horas mais tarde, já depois de se reunir com o advogado, o empregado do hotel volta a mostrar medo de ir para a cadeia. “Tu não vais ser preso. Nós vamos conseguir provar que não fizeste nada. Acertaram tudo?”. “Sim. O teu irmão já sabe o que tem de dizer quando for prestar depoimento”, solta Sebastião. “Eu sei, mas quando me entregar, estou a arriscar-me a nunca mais sair de lá”, finaliza Gustavo.