Tal como o Holofote.pt lhe contou, “Papel Principal” vai mesmo terminar antes do previsto. Agora, é a vez de o diretor de Entretenimento e Ficção da SIC falar sobre o assunto. Ou seja, Daniel Oliveira explica o cancelamento de “Papel Principal”.
Em declarações à “Meios & Publicidade”, o responsável falou pela primeira vez sobre o assunto. Primeiramente, Daniel Oliveira admite que as baixas audiências o surpreenderam. “A qualidade artística está lá, (a novela) tem interpretações absolutamente extraordinárias. Temos um ótimo produto. Eu mantenho exatamente a opinião que tinha sobre o projeto”, diz.
A verdade é que a trama deveria ter pelo menos 180 capítulos e vai ficar apenas pelos 120. Mas até poderia ter mais. “Pensámos que poderia ter perto de 300. Tomámos a decisão de reduzir esse número. Foi uma decisão natural”, assume. Em seguida, garante: “A decisão de o reduzir é tão válida como a de acrescentarmos mais meses às produções”.
“Tivemos a humildade de perceber os sinais”

De acordo com o responsável máximo pela programação da SIC, este insucesso deve-se à “forma díspar” como a trama chega aos diferentes públicos. ““Não tem um comportamento igual num horário de prime time, que está altamente fragmentado. As pessoas, hoje, têm múltiplas opções. Os públicos que hoje ficam disponíveis para a TV generalista têm uma especificidade que temos de prever”, afiança. E ainda vai mais longe: “A novela chega a determinados públicos, mas, noutros, precisamos de outras soluções. Tivemos a humildade de perceber os sinais”.
Curiosamente, “Papel Principal” tem como faixa mais forte o público mais novo. “Só que estes têm um comportamento mais oscilante”, assegura. E, em seguida, ainda destaca: “Nos públicos mais novos e na Opto, é onde a novela tem o melhor desempenho. É um dos produtos mais vistos na nossa plataforma de streaming”, assegura. Esta é, portanto, a forma como Daniel Oliveira justifica o cancelamento de “Papel Principal”.
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