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“Que Alá vos destrua, bando de porcos. Eles não morreram. Apenas se anteciparam a nós para desfrutar do Paraíso”, escreveu no Twitter Raheeq Makhtoum, a mulher do lusodescendente Abou Uthman que nasceu com o nome cristão de Mikael Baptista (23 anos). Foi assim que ela confirmou a morte do seu marido e a de dois outros europeus também combatentes pelo radicalismo islâmico. Estas mortes também foram anunciadas em diversas contas de outros combatentes europeus ao serviço do Estado Islâmico (EI). Mikael terá sido abatido em Kobane, junto à fronteira com a Turquia, ao que parece, durante uma ofensiva aérea da coligação internacional liderada pelos EUA. 

Talvez…
Até ao fecho desta edição, a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas não tinha confirmação da morte de Mikael Baptista. Aliás, não há representação diplomática portuguesa na Síria. 

Falsas mortes
Uns são anunciados mortos, outros dizem-se arrependidos e de regresso à Europa. Alguns serviços secretos europeus afirmam que são falsos arrependidos que pretendem reentrar no espaço europeu sem problemas, para posteriormente cometerem novos actos terroristas. Aqueles serviços secretos dizem que algumas mortes anunciadas também são falsas e têm o mesmo objectivo. Foi o caso do jihadista inglês Imran Khawaja (27 anos) que simulou a sua própria morte na Síria e regressou secretamente a Inglaterra. Como ninguém procura quem já morreu, os terroristas reentram na Europa disfarçados. Por isso se torna tão difícil saber da veracidade das mortes anunciadas. Khawaja foi descoberto e preso, mas quantos terão conseguido passar? É a maior dúvida das autoridades.

Nascido cristão 
Mikael Batista já era combatente pelo radicalismo islâmico quando foi entrevistado pelo semanário “Expresso”, em Setembro de 2014. Contou que tinha abandonado o curso de Desporto na Universidade Paris-Est Créteil, para viajar para a Síria e aí combater pelo EI. Em Paris tinha praticado boxe, artes marciais e ginástica acrobática, mas nunca tinha pegado numa arma. Aprendeu a manejá-las na Síria e contou nas entrevistas que deu ao semanário, que agora gostava sobretudo de treinar e matar. Oriunda da região de Chaves, a sua família está emigrada em França há alguns anos e sabia que ele partira para a Síria (2013) para combater. A confirmar-se, Mikael é o terceiro português a falecer ao serviço do terrorismo islâmico.

O terceiro a morrer
Sandro Monteiro (o “Funa”), também português e também emigrado na Síria para combater pela jihad islâmica, foi abatido em Outubro último, durante um raid aéreo. Era oriundo de Monte Abrãao, Sintra. Tinha emigrado para Londres e aí aderido à radicalização islâmica. Em Maio, já José Parente, que adoptara o nome Abu Osama Al-Faransi, se tinha feito explodir dentro de um carro, no Iraque, matando dezenas de pessoas. A sua fotografia está em inúmeras páginas da propaganda do Estado Islâmico, onde é considerado um mártir. 

Quem são os jihadistas portugueses
Todos têm menos de 30 anos, são filhos de emigrantes portugueses que viviam em países europeus com duas origens de base. Uns emigrantes de segunda geração, outros com ascendência em países de língua portuguesa. Todos viviam há anos no estrangeiro (Londres, Paris ou Amesterdão) e aí aderiram ao islamismo radical. 

12 portugueses
As autoridades nacionais identificaram 12 pessoas com passaporte português (dez homens e duas mulheres) que aderiram ao islamismo radical nos países onde moram. E sabem que também há quem tenha tido acesso ao passaporte português por casamento, o que aumenta o número provável de mulheres potencialmente envolvidas. Todos partiram da Grã-Bretanha, França, Luxemburgo e Holanda para a Turquia e daí alcançaram a fronteira com a Síria para integrarem brigadas jihadistas. Nenhum tem qualquer relação conhecida com a comunidade islâmica residente em Portugal.

Jihadistas em Portugal
São conhecidas das autoridades portuguesas algumas viagens de cidadãos nacionais para onde a Al-Qaeda ou o Estado Islâmico têm actividade bélica. Mais do que o envolvimento de cidadãos nacionais na jihad, o que deixa as autoridades portuguesas preocupadas são o apoio logístico ou o financiamento de redes terroristas internacionais feitos a partir do nosso território. É o que se concluiu no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), apresentado em Março 2014. Não é por acaso que, apesar do baixo número conhecido de aderentes portugueses, o terrorismo islâmico é considerado, no referido documento, uma ameaça à nossa segurança interna. 

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