Foi há dois anos, quando mandou fazer um par de leggings personalizado, que Maci Currin percebeu que poderia ser detentora de um recorde: o das pernas mais compridas do mundo. E estava certa! Atualmente integra o “Livro de Recordes do Guinness” de 2021 com este título, substituindo a russa Ekaterina Lisina. Desde muito nova que a jovem de Austin, no Texas, EUA, e o seu irmão, Jacob, se destacavam das outras crianças devido à altura. “Quando parei de crescer, no 1o ano do ensino médio, fiquei aliviada. As dores de crescimento que sentia eram horríveis”, afirmou a rapariga, de 17 anos, ao jornal britânico “Daily Mail”, falando ainda de algumas das desvantagens do comprimento das suas pernas (1,35 m a esquerda e 1,34 m a direita, que perfazem 60% da sua altura). “Não posso usar calças de ganga porque nunca encontrei umas que consiga vestir. E quando vou ao centro comercial ficam todos a olhar para mim.”
Além disso, contou que nunca é convidada para dançar por ser mais alta do que todos os rapazes que conhece. Mas nem tudo são desvantagens. Aliás, Marci procura sempre ver a vida pelo lado positivo. “É uma vantagem para jogar voleibol na equipa da escola”, revelou. Ainda que a restante família seja relativamente acima da média no que diz respeito à estatura, a estudante norte-americana destaca-se. E muito, com 2,08 m! A sua mãe, Trish, com 1,70 m, assegura que a altura de Maci é sinónimo do tamanho da sua personalidade: “Maior do que a altura é o caráter forte que ela tem”. Apesar de já ter o seu nome no livro dos recordes mundiais, a jovem ainda não detém o título de mulher mais alta. Esse pertence à chinesa Sun Fang, com 2,29 m.
Pronta para conquistar o mundo
Se hoje é uma adolescente confiante e orgulhosa do seu tamanho, Maci não esconde que, no passado, sofreu bastante, sobretudo com as dores de crescimento. “Existem, definitivamente, pontos negativos em ter pernas tão longas, como bater com a cabeça ao entrar em portas, ficar apertada dentro de carros e tentar encontrar roupas que sirvam. Mas espero que este recorde inspire mulheres altas em todo o mundo”, assegurou, cheia de planos para o futuro. Marci Currin pretende mudar-se para o Reino Unido e tirar aí um curso superior. Porém, o seu maior sonho é desfilar nas passarelas internacionais e fotografar para campanhas, tornando-se a manequim mais alta do planeta. Através das redes sociais, nomeadamente o Tik Tok, a rapariga procura inspirar outras adolescentes com as mesmas características físicas do que ela, procurando ser um exemplo: “Simplesmente parei de importar-me com o que as pessoas pensavam de mim. E acho que é o que devemos fazer. O que quero transmitir é: não se escondam, abracem-se e aceitem-se tal como são”.