A comunicadora está de regresso à antena da SIC Mulher com um projeto que a preenche e desafia os espectadores a não desistirem dos seus sonhos. Nos episódios de “Mudar para Melhor” dá a conhecer novas profissões. Fátima Lopes está feliz com a segunda temporada do seu programa: “A vida é feita de mudanças”.
É um dos rostos mais emblemáticos da televisão nacional e encara este desafio como um dos mais prestigiantes do seu percurso. Fátima Lopes, de 54 anos, é a anfitriã dos documentários “Mudar para Melhor”, um espaço que identifica profissões de que o mercado nacional precisa e com elevada oferta de mão de obra. Desta forma, lança o desafio a todos, dos mais jovens a quem já considera que a idade é um entrave para a mudança. “É um programa vocacionado para abordar as profissões e os setores que são, teoricamente, menos apetecíveis pelas pessoas. Ou seja, nós debruçamo-nos sobre os setores e as profissões que as pessoas acham que não são assim tão atrativos.”
“É preciso mostrar isto às pessoas”
“Às vezes até têm vontade de experimentar, mas vivem agarrados a uma ideia antiga dessa profissão e, portanto, não fizeram aqui uma atualização para saber que respostas é que estes caminhos oferecem. A vida é feita de mudanças”, explica, em primeiro lugar. Os novos episódios vão para o ar na SIC Mulher, nas manhãs de domingo. Sobre o programa, revela que “será desvendado ao espectador que existem hoje respostas em termos profissionais em Portugal muito mais ricas do que as pessoas imaginam. E que muitas das profissões que achávamos que eram menores são agora altamente qualificadas e muitíssimo bem pagas. Por isso, é preciso mostrar isto às pessoas”, diz, em seguida, com entusiasmo.
“Foi e tem sido uma coisa apaixonante”
A trabalhar pontualmente em televisão, Fátima garante que esta experiência se revelou transformadora. “Para mim, foi uma grande novidade entrar num mercado do trabalho assim, não sabia nada. Agora já estou à vontade, mas ao princípio não sabia a linguagem do documentário.” A apresentadora acredita que expor estas profissões faz parte de um caminho que tem de ser transversal a toda a sociedade, que implica mudanças na forma como encaramos a vida. “Foi e tem sido uma coisa apaixonante. Tenho aprendido imenso, porque já passei por setores e áreas muito diferentes, por trabalhos que não têm nada a ver uns com os outros e, em todos, aprendo. Alguns deixam-me meter a mão na massa, porque eu gosto, para experimentar, para ver se consigo fazer. Fazer este programa tem sido muito gratificante”.
“Agradeço a Deus por ter-me dado esta oportunidade”
O contacto que mantém com os mais jovens e não só, nos centros de formação profissional, em todo o País, tem sido um dos fatores preponderantes para se sentir tão bem neste desafio. “É daquelas coisas que agradeço a Deus por ter-me dado esta oportunidade. Por estar em contacto com pessoas, por saber de histórias que depois acabam por ter um final que talvez os próprios não soubessem ser possível concretizar aquele sonho.”
Fátima acredita verdadeiramente que “Mudar para Melhor” pode alterar vidas. “Tenho consciência do impacto que este programa tem! Tem o objetivo de impactar as pessoas para ajudar a nossa economia. Ajuda, como já disse, as pessoas a darem oportunidade de olhar para outras áreas, olhar para outras profissões e perguntar-se se não será isso que elas querem fazer.”
“Talvez tenha esta atitude por ser a que os meus pais tiveram comigo”
E reforça que a sua forma de estar e de encarar o futuro lhe foi transmitida pelos progenitores. “Talvez tenha esta atitude por ser a que os meus pais tiveram comigo. Quando quis tirar Comunicação Social só existiam duas faculdades em Portugal e não havia rádios e televisões privadas, não havia nada do que existe atualmente. O mercado dos média era muito pequenino”, recorda, em seguida. “Lembro-me perfeitamente da minha família dizer aos meus pais: ‘Vão deixar a miúda estudar Comunicação Social? Vocês estão malucos? É desemprego garantido.’ E a minha mãe, sábia como sempre foi, respondeu: ‘Até pode ser, mas é o sonho dela’. Fim do tema. E efetivamente fui tirar a licenciatura [à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa]”, conta, sublinhando que recorda este momento em várias ocasiões. “Dou muitas vezes este meu exemplo aos miúdos”.
“A história não é feita de gente mais ou menos”
“E digo-lhes que só têm de trabalhar para ser bons. Trabalhar para a excelência e nunca para ser mais ou menos”, sublinha. E acrescenta em seguida: “A história não é feita de gente mais ou menos, mas, sim, de pessoas muito boas ou muito más. Não queiram estar do lado dos muito maus profissionais, mas, sim, ser a referência. E é por serem a referência que vão ensinar aos vossos pais e irmãos, às outras pessoas”. No entanto, lamenta que o mesmo não aconteça em muitos casos que, através do programa da SIC Mulher, conhece. “Aquilo de que os miúdos mais se queixam é da dificuldade que a maioria dos pais tem em aceitar que eles queiram fazer formação profissional. Como se isso fosse de menor importância”, diz, em suma.
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Percorra, por fim, a galeria de imagens. Fátima Lopes está feliz com a segunda temporada do seu programa: “A vida é feita de mudanças”.