A sala está cheia, os alunos mais entusiasmados do que é costume, o dia é de festa. Não há tabuadas ou contas de dividir, só amor para multiplicar. Ao fundo, uma criança tenta conter a frustração: tem de fazer uma prenda para o pai. Quem?
Joana Machado Madeira diz que “agora já lá vai“. Mas não era assim que se sentia quando ocupava uma das cadeiras da sala de aulas em Elvas, de onde é natural. Nessa altura, o Dia do Pai não passava de uma dor, que só aumentava quando via “todos tão felizes por terem um pai“. Joana nunca teve. “Quer dizer, tive. Alguém me fez. Mas separou-se da minha mãe muito antes de eu conseguir guardar memórias dele na minha cabeça. Não tenho nada, zero“.
Apesar de ser conhecida pelo sorriso fácil e pela boa disposição permanente na rubrica “O da Joana”, no ‘Você na TV’, a repórter e mulher do humorista Eduardo Madeira mostrou no Instagram um lado mais íntimo, que é menos feliz mas não deixa de ser parte da matéria de que é feita. Agradecendo à mãe por ter recebido todas as prendas do Dia do Pai, que sempre odiou, diz que tem pena de não guardar nenhuma memória: “A minha mãe diz que [ele] costumava pegar-me ao colo. Eu gostava de me lembrar. No entanto, por mais que procure em mim, nunca o encontro“.