Depois do sucesso que colheu numa das suas mais famosas participações ao Festival da Canção em 1980 com o tema “Grande, grande amor”, José Cid talvez não contasse com tamanha desilusão quando, este domingo, 18 de fevereiro, concorreu pela décima sexta vez na mesma competição e recebeu apenas um ponto do júri.
Ladeado por alguns ilustres desconhecidos do grande público, e em claro desacordo com a opinião sobre o tema “O som da guitarra é a alma de um povo”, abandonou a emissão antes do encerramento do programa, e manteve-se em silêncio sobre o assunto. Pelo menos até esta quarta-feira, dia 21 de fevereiro. O compositor e intérprete recorreu às redes sociais para expressar o seu desagrado com os resultados obtidos e garantiu que, para quem aprecia a sua musicalidade, continuará a dar cartas.
“‘Sigo Cantando’ … Ah! … Esta é a minha resposta às injustiças que me fazem, às mas línguas, às invejas, e aos que me querem distruir… porque eu … ‘Sigo Cantando’. Acima de tudo aqui fica um FORTE abraço e um enorme OBRIGADO ao público anónimo que me segue, me apoia, me admira e me protege ! Para todos vocês OBRIGADO e só para voces eu …’sigo cantando’, tio Zé”, escreve.
“Sigo cantando” é um tema da sua autoria que partilha com os seguidores e cuja letra expressa na perfeição a resiliência do cantor às críticas que tem recebido ao longo da sua carreira, mantendo sempre a sua irreverência: “Tantas vezes me mataram, tantas vezes eu morri, no entanto eu estou aqui, ressuscitando. Fico grato à maldade, à traição como um punhal. Mas sigo cantando, cantando ao sol como uma cigarra que passa um ano debaixo da terra, cantando como um soldado que volta da guerra.”
Resta saber se José Cid será capaz de esquecer este episódio e repetir a sua participação em 2019.