Há um ano (em agosto de 2019), Ângelo Rodrigues estava a viver uma das fases mais dificeis da sua vida. O ator ficou em coma induzido, no hospital Garcia de Orta, na sequência de uma infeção grave na perna esquerda.
No Instagram, a estrela de “Golpe de Sorte”, da SIC, assinalou a data com uma publicação sentida, acompanhada de um vídeo registado na sua primeira viagem, à Jordânia, depois da recuperação milagrosa pela qual passou.
“Pelo que me contam, faz um ano em que adormeci por 4 dias. Quando acordei, não tinha um príncipe a beijar-me os lábios nem uma velhota de verruga na cara e maçã reluzente na mão — tinha enfermeiras, auxiliares e entes próximos“, começou por escrever lembrando depois o momento em que “pisou” as águas do Mar Morto. “Em Fevereiro, quando pisei este mar tão morto quanto eu estive, dava ainda baby steps numa escadaria monumental de resignificação”.
“Vi oportunidade onde muitos viram limitação”, garantiu ainda mostrando a vontade com que, dia-após-dia, continua a lutar para recuperar a sua mobilidade por inteiro, e sempre manifestando a sua enorme vontade de viver: “Aqui o renascimento é individual e intransmissível, sabem? É o que Chico Anysio, figura importante na história do humor brasileiro, diria: “eu não tenho medo de morrer, eu tenho pena”.
Recorde-se que, entretanto, Ângelo já voltou ao trabalho na série “Golpe de Sorte” – cujas gravações entretanto terminaram -, ainda que com algum esforço uma vez que continua em processo de recuperação e o recurso às muletas é uma realidade.
Em carteira, pronto para ser exibido, está ainda um documentário que aborta todo o período pós internamento, e destaca a resiliência com o ator enfrentou esta nova fase da sua vida.