Com 30 anos acabados de fazer, Diogo Piçarra é um dos nomes da nova geração de artistas que mais sucesso faz em Portugal. Vitor Kley, de 26, é uma verdadeira estrela em ascensão em terras lusas e também no Brasil, de onde é natural. A cumplicidade que os unia ainda antes de se conhecerem levou-os a embarcar na aventura de criarem juntos uma canção. “Nada é Para sempre” fala de relações que não vingam e promete ser um hit.
É isto que Diogo Piçarra tem a dizer a Vitor Kley se este estiver a pensar ter um bebé com Carolina Loureiro… mas não só!
Os dois cantores juntaram-se para gravar um dueto e foi o pretexto ideal para os juntar e estar à conversa com os dois amigos.
Como surgiu a oportunidade de fazerem um dueto?
Diogo Piçarra: Já acompanhava o Vitor há algum tempo e via que ele estava a crescer cada vez mais. Houve uma vez que ele veio fazer promoção a Portugal, alguém lhe mostrou qualquer coisa minha e ele perguntou quem eu era. Acho que gostou muito e isso chegou-me aos ouvidos. Então, enviei-lhe logo uma mensagem, tipo fã, a dizer-lhe que também gostava muito dele e para fazermos qualquer coisa juntos! Ficámos em contacto até que surgiu a ideia de escrevermos este tema juntos.
Vitor Kley: Quando escutei o Diogo a falar, na televisão, identifiquei-me logo com a vibe dele. Por isso, fiquei muito entusiasmado com esta possibilidade de trabalharmos juntos.
E como foi o processo de escrever a letra e compô-la?
V. K.: Foi pelo WhatsApp. Hoje em dia, e até por causa da pandemia, é muito assim. E como ainda nem tínhamos estado juntos, e, se calhar, não estaríamos muito à vontade, foi mais fácil dessa forma. Ele foi fazendo, eu também, e depois mostrámos o que fizemos um ao outro.
D. P.: Cada um foi escrevendo em sua casa, com tempo, sem pressa…
Quando se conheceram pessoalmente, com que ideia ficaram um do outro?
V. K.: Na verdade, já tinha uma ideia e era bem o que imaginava. A Carol [a namorada, Carolina Loureiro] já o conhecia, a ele e à mulher. Toda a gente falava muito bem dele. Quanto nos juntámos parecia que nos conhecíamos há dez anos, foi tudo muito natural. E agora estou aqui com o meu brother [irmão].
D. P.: Foi isso mesmo: amizade à primeira vista! A primeira vez que estivemos juntos foi no estúdio, já para gravar a versão final. Por ser neste contexto de pandemia, os cumprimentos não foram muito efusivos. Estivemos sempre de máscara, exceto quando estávamos a cantar ou a gravar o videoclipe.
O tema “Nada é Para sempre” é inspirado em quê?
D. P.: Nas nossas vidas. Já todos tivemos relações passadas e há sempre uma sensação, no início, de que é para sempre, mas depois… Nada é para sempre. Mas esta é uma música leve e positiva. Nada é para sempre, mas fica qualquer coisa boa, uma amizade.
V. K.: Como foi o Diogo quem escreveu a primeira parte da letra, tentei continuá-la como se estivesse na cabeça dele, para ter uma conexão com o que ele pensou. Nada é para sempre, mas o que ficou foi bom. Quando escrevo crio histórias na cabeça que não existem, são inspirações que não sabemos de onde vêm.
Vamos ver-vos em palco juntos?
D. P.: Com certeza, sempre que o Vitor quiser!
V. K.: Ele vem fazer um show comigo no Brasil! A gente não sabe bem como vão ser as coisas daqui para a frente, mas este é o início de uma amizade que vai ficar para sempre.
Têm muitas saudades de cantar ao vivo?
D. P.: Tive, felizmente, quatro concertos desde o início da pandemia, mas, sim, sinto muita falta do público.
V. K.: Eu não tive nenhum! Tenho muitas saudades. Lancei um álbum e ainda não o fui tocar!
Que projetos têm agora em mãos?
V. K.: Bom, estou a pensar fazer um espetáculo diferente no Brasil, com camarotes separados, vamos ver se vai acontecer. Na verdade, agora não há muito para planear, o pensamento é que o mundo se cure e acredito que também estamos ajudando nessa cura com a nossa arte.
D. P.: Sim, a música ajuda a curar os outros e as nós próprios. Poder fazer o que se gosta é maravilhoso.
O vosso público é maioritariamente feminino. Como é que as vossas namoradas lidam com isso? Há muitos ciúmes?
D. P.: Não sei se posso falar pelo Vitor, mas as fãs gostam de nós como casal e não nos veem separados.
V. K.: É a mesma coisa comigo e com a Carol. E ambos trabalhamos com a arte, por isso cada um entende o outro. Acho que quantas mais pessoas estiverem num show, mais ela fica feliz.