É conhecida por ser “Extremamente Desagradável”, rubrica do programa “As Três da Manhã”, da Rádio Renascença, e por isso houve candidatos de “Ídolos” que lhe apontaram o dedo. “Alguns entravam a medo no palco e perguntávamos-lhe: Do que tens medo? Eles respondiam apontando-me o dedo: É de ti”, conta Joana Marques, sublinhando: “Só quero falar mal deles no futuro, pois será sinal de que são já ídolos formados e com carreira. Nessa altura irão dar entrevistas e dizer umas coisas ao lado. Então, irei gozar um bocadinho com eles. Temos aqui vozes com grande potencial”.
Ao contrário do que poderia esperar, a humorista e guionista não é implacável com os candidatos, ainda que também não seja lamechas. “Tenho fama de ser má, mas sem proveito. É verdade que não sou um coração de manteiga como a Ana Bacalhau ou o Tatanka, mas também não sou tão dura como o Martim. Afinal, ele tem conhecimento de causa porque é maestro e sabe do que está a falar, enquanto eu não percebo nada de música.” Joana Marques riu-se com as reações do público quando foi anunciado o júri de “Ídolos”, concurso de talentos que é apresentado por Sara Matos. “Pela reação das pessoas percebi que estavam surpreendidas, só que não mais do que eu. Cheguei a perguntar ao Daniel Oliveira [diretor de Programas] se o convite era mesmo para mim e aceitei-o porque sou irresponsável”, revela e acrescenta: “Não levo nada a mal se as pessoas pensarem que não estou ali a fazer nada, pois de facto não estou. Mas está a ser divertido não fazer nada e deixo os conhecimentos técnicos para os meus colegas”.
Apesar de não andar com caderno e caneta a apontar ideias, a humorista não descarta vir a brincar com os restantes jurados na sua rubrica radiofónica. “Não tenho tirado notas porque para estas coisas a minha memória é boa. Já tenho algum sumo para gozar com os meu colegas e a Sara [Matos]. Cada um tem a sua personalidade vincada e também alguns tiques”, conclui Joana Marques.