Uma semana depois de ter estoirado a polémica, Alexandre Pais volta a escrever sobre o assunto. Na edição deste sábado, 8 de Abril, do “Correio da Manhã” o cronista assina uma nova edição da sua “Antena Paranoica”. Com um título sugestivo, “Mulheres que a hipocrisia abandonou”, reflete sobre o que aconteceu nos últimos dias. Assim, o crítico de Maria Botelho Moniz responde a quem o atacou.
“Diz-me quem levou com os estilhaços da minha crónica maldita, que foi um festival. De ‘velhadas’ e ‘nojento’ a ‘doente mental’ ou ‘morto que ainda não deu por isso’”, escreveu primeiramente. Em seguida, prosseguiu: “De tudo o preconceito ‘autorizado’ me apelidou, na vã tentativa de me atingiu”. Mas Alexandre Pais faz questão de recordar: “Sou um veterano de mil batalhas. Sei que ao pronunciar-me sobre os outros terei de estar preparado para ouvir e ler o que vier. Lamento apenas a tranquilidade perdida pelos que me são próximos “, atira.
Apesar de todos os ataques que diz ter sido alvo, deixa um aviso: “Digam o que disserem, serei até ao fim defensor das minorias, das diferenças e dos excluídos. É esse o meu lado da trincheira”. E ainda insiste: “Morrerei antirracista, anti-homofóbico, antimachista, antifundamentalista e anti-falta de banho. E um anarco-individualista tão desalinhado e impertinente quanto mo permitirem a lucidez e a lei. Não as ‘petites vedettes’ da TV”. Por isso, salienta o crítico: “Não tenho medo de ser ‘cancelado’ ou ‘excluído’ por emitir opinião, estejam à vontade”.
Um texto “não ofensivo, mas inconveniente”
Em seguida, Alexandre Pais quis recordar os elogios que deixou à apresentadora em Agosto de 2020. “Elogiei aqui o ‘estilo despojado, genuíno e profundamente empático’ de Maria Botelho Moniz“. Fê-lo interrogando-se “se ela teria na TVI ‘as oportunidades que o seu talento justificava’”. Hoje, recorda essa crítica com ironia: “Tanta ‘maldade’!”. É no seguimentos destes elogios e “avisado da forte probabilidade do seu afastamento e com o propósito de a defender” que diz ter escrito o texto “não ofensivo, mas inconveniente”. “Porventura tão infeliz como o deplorável ‘alugar o pipi’ com que Maria destroçou Sofia Sousa e a filha bebé, no ‘Curto Circuito’, anos atrás”, critica. “Terei de viver com essa pena”, remata.
Por fim, deixou uma nova mensagem aos “ressabiados das redes e ao ódio dos bajuladores da patroa”. “S o objetivo é submeter-me à ditadura do silêncio, as flores de estufa terão de passar por um vento ainda mais agreste: o ‘Correio da Manhã’. Não se metam nisto”, escreveu ainda. É, portanto, desta forma que o crítico de Maria Botelho Moniz responde a quem o atacou.
“Mulheres que a hipocrisia abandonou”
Na mesma crónica, Alexandre Pais falou ainda dos casos de Alexandra Reis e Christine Ourmières-Widener, ouvidas esta semana na Assembleia da República. O objetivo foi enquadrá-las no que aconteceu após a publicação da sua crónica. O crítico lembra que as “trataram como lixo” aquando o despedimento. “Não por acaso, não mereceram a solidariedade cega oferecidas às figuras da TV ungidas com os óleos da veneração permanente”, critica. O jornalista percebe, com isto, “a hipocrisia ulutante”.
Em seguida, prossegue: “Essas gestoras são mulheres, sim, mas. Cometeram os pecados do sucesso sem gritarias, da formação académica efetiva, da competência com resultados. E ganham demasiado bem para que a inveja e o terrorismo social as defendam”. Para além disso, como refere “uma delas é estrangeira, o que coloca ambas ao nível da ‘celulite’ da Kardashian ou dos ‘dentinhos não muito alinhados’ de Marta Temido, a que Cristina Ferreira tão ‘respeitosamente’ se referiu”
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