
Recentemente, Débora Monteiro participou numa conferência da Associação Portuguesa de Fertilidade, na qual partilhou a sua experiência com os tratamentos para engravidar. Recorde-se que a atriz engravidou há pouco mais de quatro anos, e foi mãe de Alba e Júlia. E no seu desabafo, Débora assumiu que o processo foi muito solitário.
“Decidi ter como tema a solidão do processo. De como nos sentimos sozinhos durante uma fase que é suposto ser tão bonita, tentar engravidar e gerar amor”, desabafa a atriz, numa partilha nas redes sociais. “Falei de coração, de como pode ser duro,mas tentei sempre fazê-lo de uma forma mais leve e passar esperança para quem esteve presente e tem o sonho de engravidar.”
Débora ainda recordou a importância de uma boa relação com o parceiro. Recorde-se que a atriz mantém um relacionamento de mais de 10 anos com Miguel Mouzinho. “Pode ser duro para os casais, mas sem dúvida que a união, respeitarem os sentimentos de cada um e acreditarem que vão conseguir é fundamental. Tentar tirar o peso dos tratamentos, até porque as hormonas são avassaladoras, e ficarem leves( por muito difícil que seja) para gerar amor.”
“Parece que há uma vergonha”
Há cerca de um ano, Débora Monteiro já tinha falado sobre os tratamentos para engravidar, numa entrevista a Daniel Oliveira no “Alta Definição”. “Não estávamos a conseguir e tive de fazer duas cirurgias aos ovários. Foi aí que me caiu a ficha e fui para uma clínica de fertilidade. É estranho, as pessoas ficam todas a olhar para baixo, parece que há uma vergonha”, começou por dizer.
“Foi um processo de quatro anos a tentarmos e a fazermos tratamentos. É violento para o organismo da mulher e é horrível porque tens hora para fazer o amor e isso torna-se muito constrangedor para o casal”, continuou ainda a atriz. Débora foi mãe das gémeas Alba e Júlia há quase quatro anos.
Além de falar dos tratamentos para a infertilidade, Débora Monteiro admitiu ter sofrido por ter regressado ao trabalho um mês após o nascimento das filhas. “Fui mãe na quarentena, estava fechada em casa. Estava numa bolha em que mal dormia, insegura com o meu corpo, e ia para uma coisa nova que nunca tinha feito na vida. As pessoa com quem falei disseram-me: não vás. Virei mãe leoa, pensei que tinha duas bebés e que tinha de ir trabalhar“, recordou.
“Estava com medo de aparecer assim em público, mas não foi o que eu estava à espera, pensei que ia ter vergonha, mas não”. Em seguida, admitiu ter sentido culpa por se ter afastado das filhas tão cedo para trabalhar. “Ir logo trabalhar fez com que não tivesse tempo com elas. Isso massacrou-me e massacra-me, hoje em dia“.