
Recentemente Júlia Pinheiro participou de uma conferência com o tema “Menopausa”, onde confessou ter passado por um período emocionalmente difícil, em que acreditou estar em depressão. Na conversa que trouxe as experiências e sintomas desta fase da vida das mulheres, a apresentadora falou das mudanças que viveu a nível mental.
Em primeiro lugar, Júlia assume que entrou na menopausa há 10 anos. Entretanto, foi há dois anos e meio que a apresentadora sofreu o que chamou de “colapso mental”. “Há dois e meio sofri um afundanço, um colapso muito mais mental do que físico, que começou primeiro com uma perturbação de sono terrível. Deixei de dormir, de um dia para o outro”, assumiu.
Júlia Pinheiro revela que esteve perto de uma depressão
Na sequência, Júlia Pinheiro revela outros sintomas que sentiu na altura. “Instalou-se em mim uma revolução psicológica assustadora, com perdas de memória. Estava constantemente insegura, tive situações profissionais em que estava aterrada, mas nunca deixei de trabalhar, nem disse nada a ninguém…”, É quando a apresentadora confessa: “Achei que estava a entrar num processo de saúde mental complexo, pensava que vinha aí uma depressão fortíssima… Fiquei muito afetada, não estou a brincar. Eu fiquei numa situação em que provavelmente tinha de meter baixa e ir para casa, porque não conseguia corresponder àquilo que me era exigido, tanto profissionalmente, como doméstico”.
“Sempre quis envelhecer”
A apresentadora das tardes da SIC esteve recentemente no podcast de Jessica Athayde, intitulado “Não Fica Bem Falar de…”, e fala sem reservas e com toda a frontalidade da menopausa. Júlia começa por assumir que se sentiu “tristíssima” e perdida, chegando mesmo “a pensar que estava maluca”. “Sempre quis envelhecer. A juventude era tão exigente numa série de coisas que eu só queria libertar-me de estereótipos que estavam agarrados à mulher esplendorosa dos 20, dos 30 e dos 40 anos. Portanto, quando cheguei ali aos 45 e percebi que estava na perimenopausa [período de transição entre a idade fértil da mulher e a menopausa], pensei que ia ser fixe, mas não tinha ideia nenhuma do que vinha a seguir. Não estava preparada para nada!”, assume, em primeiro lugar.
“Estava a mudar, o meu corpo estava a mudar. Não me afligi muito, mas depois aos 55 começou a piorar e agora, há dois anos, tive um ‘afundanço’. A menopausa bateu forte e tem sido muito difícil”, admite, em seguida. “Tive coisas que me assustaram tremendamente. Parecia que estava entorpecida, tristíssima. Eu não sou uma pessoa naturalmente triste, sou emocionalmente até muito estável, e de repente tudo me parecia um tédio. Não tinha paciência nenhuma para nada, para o marido, para os filhos. Para ninguém. E, portanto, isto não era normal. Não podia ser normal.”