
Ela está de volta em “A Fazenda”. Depois de ter brilhado no pequeno ecrã em “Bem Me Quer”, em 2021, Kelly Bailey regressa às novelas três anos depois, com participações em séries e concursos pelo meio – “A Consoada”, “Onde Está o Dinheiro”, “O Conto do Nadador” e “A Espia” ou “Rabo de Peixe”. O que mudou enquanto atriz? O filho, Vicente Blue, que a espera todas as noites em casa ao lado do pai, o ator Lourenço Ortigão. Kelly Bailey fala sobre a sua primeira novela depois de ter sido mãe.
“O que me faz desligar depois das cenas é entrar em casa e ter uma família à minha espera, um filho sorridente, feliz, pronto para brincar. Com ele o regresso às novelas é bem mais fácil. Isso é uma terapia e acho que nada acontece por acaso. Esta personagem veio no momento certo e numa fase que eu chego a casa e não tenho como não desligar e focar-me noutra coisa. Isso faz com que eu limpe um bocadinho o dia!”, admite. “Acho que ser mãe é encontrar forças que não sabia que tinha. Todos os dias é uma aprendizagem, mas é uma das coisas mágicas de sermos pais: encontramos forças e ele… é muito fofinho, e eu sou uma mãe babada.” Vicente ainda não vai assistir a esta novela: “Há cenas violentas, ele ainda não vê muita televisão… e a mãe vai estar num registo um pouco confuso, mas o Vicente já reage às minhas campanhas”.
Kelly Bailey fala sobre a sua primeira novela depois de ter sido mãe
Quanto às primeiras sensações sobre a novela de Maria João Mira: “Tivemos oportunidade de assistir com a equipa técnica ao primeiro e segundo episódios, acho que o primeiro é bom, mas é aquele em que estamos a apresentar as personagens. O segundo ainda está melhor e o terceiro então…”, diz à TvMais. “Estou orgulhosa deste projeto, ao qual acho que houve uma dedicação muito grande nas cenas e uma cumplicidade muito grande. Vejam, porque vale a pena”, acrescenta.
“Temos muita África, há imagens lindas e temos uma história que não tem como não agarrar”, refere Kelly Bailey, que lembra que a sua Júlia “passa por uma doença bipolar e uma adoção”. “Vai dar muitas voltas. Tem sido um desafio bom e todos os dias se chegasse a casa e contasse o meu dia… é surreal, nunca tinha tido a oportunidade de fazer uma personagem com esta dimensão, emocionalmente é preciso fazer uma ginástica grande.”
No início das gravações “comecei logo com cenas com muita intensidade, muitas vezes a bipolaridade dela vem ao de cima, apesar de ela estar medicada. Ora estou muito bem ou muito mal. Fiz questão de falar com pessoas que passam pelo mesmo, por bipolaridade, a saúde mental vai estar muito presente”.
Dez anos depois de “A Única Mulher”, na qual se estreou, Kelly lembra as parecenças. “Isto faz-me reviver ‘A Única Mulher’ e eu, a brincar, digo que venho fechar o ciclo dez anos depois. Foi onde comecei! Entretanto, a TVI está a dar o salto na dinâmica de gravar, filmar e realizar nunca antes vista, parece uma série”, conclui a atriz.