Carlos III é coroado rei hoje, dia 6 de maio, numa cerimónia com muitos rituais e tradições, em que vão estar em destaque peças usadas por anteriores monarcas, caso das coroas, anel, braceletes, cetros, espadas, entre outros. A Colher da Coroação, em prata dourada, é o objeto mais antigo e o Óleo do Crisma veio de Jerusalém. Conheça as joias da monarquia britânica que vão brilhar hoje na coroação.
Coroa de Santo Eduardo
É usada para a coroação de Carlos III na Abadia de Westminster. A coroa é de ouro maciço e cravejada de rubis, ametistas, safiras, granadas, topázios e turmalinas. Tem quatro cruzes, quatro flores-de-lis e dois arcos, no cimo um orbe e uma cruz simbolizam o mundo cristão. Foi feita para o rei Carlos II, em 1661, e usada pela rainha Isabel II, em 1953. A coroa, removida da Torre de Londres para que se procedesse ao trabalho de modificação, antes da cerimónia.
Cetro com cruz e cetro com Pomba branca
Este cetro com a cruz representa o poder temporal do soberano e está associado à boa governação. É composto por uma haste de ouro e na parte de cima apresenta uma estrutura esmaltada em forma de coração que contém o diamante Cullinan I. O cetro criado para o rei Carlos II e o Cullinan I foi adicionado em 1901.
Conhecido como “a vara da equidade e misericórdia” e evidencia o papel espiritual do rei. A pomba esmaltada com as asas abertas representa o Espírito Santo. Este cetro, criado pelo joalheiro da coroa Robert Vyner em 1661.
Braceletes da sabedoria
De ouro, forradas de veludo e com um padrão relacionado com antigos símbolos de cavalaria e liderança militar, as braceletes, primeiramente, referidas durante coroações anteriores como símbolo de “sinceridade e sabedoria”.
Espada da Misericórdia
A espada, ou curtana, tem ponta romba porque simboliza, em primeiro lugar, a misericórdia do soberano. Usada pela primeira vez na coroação do rei Carlos I, ou seja, em 1626. A lâmina de aço data do século XVI e os punhos de ferro dourado do início do século XVII.
Coroa Imperial do Estado
É a coroa que o monarca troca pela coroa de Santo Eduardo no final da cerimónia. Contudo, o rei poderá usá-la em ocasiões especiais, como a cerimónia da abertura do Parlamento britânico. George VI usou-a quando foi coroado rei em 1937, mas, curiosamente, tem por base a escolhida pela rainha Victoria para a sua coroação, no ano de 1838.
Orbe do Soberano
Representa, acima de tudo, o poder do rei e do mundo cristão. Criado no século XVII, em ouro e dividido em três partes, sendo a divisão feita com faixas de joias. Por fim, isso representa os três continentes, conhecidos no período medieval.
Anel do rei
É, em primeiro lugar, composto por uma safira, uma cruz de rubi incrustada e diamantes, que significa a dignidade real. Contudo, Guilherme IV foi o primeiro a usá-lo e a partir de Eduardo VII passou a ser tradição nas coroações.
Coroa da rainha Mary
Primeiramente, escolhida por Camilla para a cerimónia, foi-lhe adicionada diamantes Cullinan III, IV e V, que fazem parte da coleção de joias pessoais de Isabel II. O design é inspirado na coroa da rainha Alexandra de 1902 e, todavia, usada pela rainha Mary na coroação do seu filho, o rei George VI, em 1937.
Óleo do Crisma e Colher da Coroação
Os reis serão, igualmente, salpicados com o Óleo do Crisma, consagrado na Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, Israel, em março, e está numa ampola feita em ouro e fundida em forma de águia com abertura nas asas. Antes de tudo, o óleo será derramado por um pequeno orifício no bico da águia.
Por fim, é o objeto mais antigo em uso nas coroações. Registada pela primeira vez em 1349, entre as regalias de St. Edward na Abadia de Westminster. Feita em prata dourada, a colher é a única peça do trabalho dos ourives reais que sobreviveu do século XII.
Percorra, por fim, a galeria de imagens das peças que vão ser usadas neste dia. Conheça as joias da monarquia britânica que serão usadas na coroação de Carlos III.