Desde que Rui lhe escapou que Nazaré ficou ainda mais apreensiva por ter confirmado que o vilão, afinal, não desapareceu. Ainda assim, tem tentado levar a sua vida de forma normal, mas vai voltar a sofrer um sobressalto.
No escritório, a dona da Geliré está a trabalhar, mas sente que nada lhe corre bem, quando recebe um telefonema de um cliente. Na verdade, é Rui, que está a distorcer a voz para a enganar. “Tenho todo o gosto em fornecer peixe para o seu restaurante. Vamos fazer uma boa parceria”, afirma a rapariga, que é convidada a ir conhecer o restaurante. Marcam para uma hora depois. “Deves querer conversa, mas nem penses que vais ter desconto”, murmura.
À hora marcada, a rapariga chega ao local combinado e estranha não ver nada. Telefona para o cliente. “Olhe, eu achava que já estava pronta… vim ter à morada que me mandou, mas acho que me enganei…”, diz. Ele tranquiliza-a: “Não se enganou, não. Se pôs a morada que lhe dei no GPS, está no sítio certo”. A mulher de Duarte olha em redor para o armazém praticamente vazio. “Olhe que não… Isto, de restaurante, não tem nada”, diz. De repente, surge Rui, que lhe bloqueia a entrada e se revela. “Pois não, meu amor. Bem-vinda a casa”, solta, trancando a porta com ela lá dentro. Em pânico, Nazaré repara que está numa jaula gigante a um canto.
Pouco depois, o filho de Natália aproxima-se com um prato de arroz de tamboril. “O que é que tu queres?”, pergunta ela. “Para já, só quero que comas este arroz. É do Barbatanas, eu sei que gostas. Acabei de o aquecer. Abre a boca”, afirma ele, mas a amada nega. “Tens de te alimentar. Pensa no nosso filho”. Amedrontada, a rapariga olha-o com raiva e grita por socorro. “Ninguém te vai ouvir”, afirma o vilão. “O meu guarda-costas vai avisar a polícia…”, acrescenta ela. “Estás a falar do guarda-costas que aceitou um anel de ouro para fingir que não me viu? Era dos bons”, goza o vilão. Ela dá um soco nas grades e pergunta-lhe o que é que ele pretende. “Fazemos assim: Se me disseres que não vais tentar nenhuma parvoíce, eu dou-te o prato”, afirma Rui, ignorando a pergunta dela. “Faz o que quiseres! Ou parece-te que eu tenha muito voto na matéria?!”, reage Nazaré. Paciente, ele abre a porta e coloca lá o prato, recuando e trancando novamente a amada na jaula. Deseja-lhe bom apetite. Ela pega no objeto e atira-o com força. “Já te disse que não vou comer! Além de psicopata, também és surdo?!”, pergunta a filha de Joaquim. “Gostas mesmo de dificultar a tua vida… Mas tudo bem… vamos ao método difícil”, prossegue Rui, enquanto prepara um novo prato com o arroz de tamboril e, pegando num bastão elétrico abre a jaula e entra. “Aconselho-te a ficares quieta”, murmura. A dona da Geliré lança um grito e corre para ele, mas antes de o conseguir atacar, ele toca-lhe com o bastão no ombro, desferindo-lhe um choque, que a deixa estendida no chão e a arfar. O vilão deixa-a recompor-se, enche o garfo de arroz e entrega-lho. “Abre a boca”, grita. Ela continua a recusar, mas acaba por deixar que ele lhe dê a primeira garfada. Enquanto ele sorri, satisfeito, ela cospe o arroz para cima dele.