
Na manhã desta quarta-feira, dia 3 de fevereiro, José Figueiras cortou o cabelo em direto no “Alô Portugal”, um desafio proposto pelo ator Miguel Costa, que está a trabalhar como repórter do formato matinal da SIC. Porém, depois da brincadeira, a SIC recebeu uma chuva de comentários negativos nas redes sociais.
“E andar a brincar com os cabeleireiros e barbeiros, todos com as portas fechadas. Uma pena que não seja pra todos”, “Isto é gozar com quem teve de parar de trabalhar! Há filhos e enteados? Por que raio podem vocês receber cortes de cabelo e esses gajos “trabalhar”, ainda para mais sem máscaras?” e “Eu continuo de portas fechas e está malta ainda gozam com a situação de quem está impedido de trabalhar…”, foram apenas alguns dos comentários deixados por telespectadores e profissionais cabeleireiros.

A ver as reações do público, Miguel Costa decidiu explicar o que aconteceu. Através de um longo texto, o ator disse que o programa fez reportagens sobre as dificuldades que cabeleireiros e barbeiros estão a passar na pandemia: “Fui eu em reportagem, e as dificuldades foram reforçadas em estúdio. Como actor que sou (agora também repórter) sei o que é ficar sem trabalho e ganha pão de um segundo para o outro. Todos sabemos, na equipa do Alô Portugal e na Sic. Nunca na vida nos passaria pela cabeça faltar ao respeito a qualquer pessoa ou actividade. Muito menos agora”, justificou Miguel Costa, que afirmou que também passou dificuldades durante o primeiro confinamento: “Se agora é verdade que tenho a sorte de ter trabalho, no primeiro confinamento não tinha. Por isso compreendo as dificuldades e a nossa compreensão, respeito e solidariedade são totais.”
O ator continua, explicando que a única intenção da brincadeira era passar algumas dicas para que as pessoas conseguissem cortar o cabelo em casa durante o confinamento: “O contexto do programa de hoje começou com um problema que eu tive ao tentar cortar por mim o cabelo em casa. E correu mal. Ao termos um barbeiro profissional em estúdio, foi no sentido de até dar dicas para que todos possamos fazer em casa nesta fase, sem qualquer desrespeito para com os profissionais do ramo. Só isso. Como dicas de culinária.”
Por fim, Miguel Costa diz que nunca foi a intenção do programa “gozar” com os cabeleireiros e barbeiros que foram obrigados a fecharem as portas durante este período, e conclui: “A solidariedade é total, para com todas e todos que por algum motivo vejam a sua dignidade posta em causa. Não duvidem disso. Tentaremos sempre fazer melhor. E daremos sempre o nosso melhor.”