É modelo há vários anos e a sua beleza não deixa ninguém indiferente. Após uma novela para a TVI, Matilde Reymão é agora a prostituta Cátia de “O Clube” e logo no primeiro dia de rodagem teve de gravar uma cena de sexo. Entusiasmada, explica como encarou esta produção, os medos e receios e fala também sobre o período de descanso que teve na Costa Rica, ao lado do namorado, o surfista Nic Von Rupp.
É um dos novos elementos de “O Clube”. Como é que a Cátia surge na história?
A Cátia começou a sua vida na rua, mas sempre foi muito ambiciosa e, por isso, não hesitou quando surgiu a hipótese de integrar o Clube. Descobriu que era lá que estavam as mulheres mais bonitas, e mais bem vistas no meio, e quis fazer parte. Ela é muito indisciplinada e rebelde e vai chocar com as mulheres que já lá estavam.
Como se preparou para este papel?
Fiz várias pesquisas, vi filmes relacionados com prostituição, procurei ouvir outras pessoas da área de acting [representação] que me pudessem ajudar na construção da personagem, mas, acima tudo, preparei-me mentalmente. O mais importante para conseguirmos desempenhar qualquer personagem é estarmos confortáveis e trabalharmos isso interiormente.
Como foi gravar as cenas mais ousadas?
Um desafio! Tive cenas mais ousadas logo no primeiro dia de gravações, correu tudo superbem e a direção da Patrícia Sequeira deu-me total segurança. A Patrícia guia-nos em cena de uma forma bastante clara, sensível e cuidadosa e isso faz com que nos sintamos todas confortáveis e confiantes.
Nas primeiras cenas estava nervosa?
Nesta ou noutra produção, o dia de início de gravações é sempre o dia em que estamos mais ansiosos para começar e para assimilar tudo, mas todos os nervos que podia ter aqui desapareceram no set. A equipa foi excecional e fez tudo para que me sentisse sempre confortável. Fiquei impressionada – pela positiva, claro! – com o nível de cuidado que todos tiveram e é tão bom quando as equipas excedem as nossas expectativas!
Como lida com a exposição do seu corpo?
O primeiro passo para podermos ser atores/atrizes é termos a perfeita consciência do espaço físico e mental que cada um de nós ocupa. O que cada produção expõe desse mesmo espaço torna-se irrelevante.
O facto de ser uma mulher tão bonita ajuda ou desajuda nesta carreira?
Não faço ideia! O público é que tem de me dizer! Nunca senti nada que me fizesse sequer pensar nessa perspetiva. Para mim, o importante é estudar, dar tudo de mim e fazer bem o meu trabalho de forma feliz e realizada.
Sente-se confortável em ver estas cenas ao lado da sua família, do seu namorado?
A minha família e o meu namorado apoiam todas as minhas escolhas, sejam elas pessoais ou profissionais. Não creio que devamos ter receios de partilhar o que fazemos! O meu foco está sempre em desempenhar a minha personagem o melhor que consigo e ter o apoio deles também neste processo de enriquecimento do meu percurso, o que me faz ter uma enorme gratidão para com eles.
Como foi recebida pelo elenco?
Muito bem, trabalhei com grandes mulheres, pessoas e atrizes.
Já seguia a série?
Quando comecei a gravar a série ainda não estava no ar, só ficou já no final. Agora, sigo a série e estou a adorar.
Este é o seu segundo trabalho como atriz. Que diferenças nota em si?
Noto várias, mesmo em termos de preparação, aprendi o que resulta e o que não resulta comigo. Mas talvez destaque a segurança e confiança.
Pensou muito antes de aceitar?
Não, assim que a minha agente de acting, Leonor Babo, partilhou comigo que existia a possibilidade de integrar esta série não hesitei!