O ator que dá vida a João Maria Brito em “Festa é Festa” (TVI) revelou a Manuel Luís Goucha que tem saudades das conversas que tinha com o avô. Ricardo Trêpa emociona-se ao falar do cineasta, falecido em 2015, aos 106 anos. Veja o teaser!
Foi o primeiro entrevistado esta tarde de “Goucha” (TVI) e revelou ao apresentador das conversas que tinha com o avô: Manoel de Oliveira.
Ricardo Trêpa emociona-se ao contar a Manuel Luís Goucha que quando percebeu que Portugal “o amava, que percebia a pessoa que ali estava, foi uma vitória”.
Nesta conversa, o ator afirmou ainda que não via o avô como uma estrela, e que via o cineasta, de uma forma “mais radical, como o Manoel”.
Ainda assim, admitiu que o facto de ser neto do cineasta não lhe conferiu mais ofertas de trabalho como seria de esperar. Contudo, admitiu que esse facto também se deve à forma como tem conduzido o seu percurso.
Certo é que Ricardo Trêpa conta, sobretudo, com uma significativa carreira no cinema, sendo que uma boa parte dos filmes que integrou foram realizados por Manoel de Oliveira. “O génio”, como lhe chamou.
Saudades de trabalhar com o avô Manoel
No entanto, é de enaltecer a sua interpretação, por exemplo, da personagem El Rei Sebastião, em ‘O Quinto Império’, de 2004. Já para não falar de outros papéis a que emprestou o seu talento. E muitos na televisão. Aliás, antes de se estrear no cinema, o Trêpa interpretou Jacinto na novela “Os Lobos”, exibida na RTP1 em 1998.
E por novelas, de acordo com o ator, para vestir uma das interpretações viveu com um sem-abrigo em Lisboa. “Uma grande aprendizagem”, afirmou o neto do realizador de ‘Aniki-Bobó’ (1942).
Ricardo Trêpa revelou ainda que o realizador sentia uma grande “tristeza, uma mágoa, por não ser reconhecido pelo seu povo, apesar ao reconhecimento internacional”. Porém, quando isso aconteceu, contou o ator, que o avô ficou muito feliz.
Sobre as saudades do avô que apostou no talento de interpretação do neto, Ricardo admitiu sentir saudades da “energia” e das “conversas” que tinha com Manoel de Oliveira, sobretudo saudades de “trabalhar com ele”. E porquê? “Porque era uma família, desde o eletricista…. ele tinha a sua equipa e eram sempre os mesmos, durante anos e anos”.
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