
À conversa com Maria Botelho Moniz no “Goucha” (TVI), o veterano comunicador revelou que o “estatuto de vedeta” o repugna. Júlio Isidro, falou da forma como se faz hoje televisão, ao mesmo tempo que fez uma retrospetiva da sua carreira televisiva.
Com mais de 60 anos de carreira, Júlio Isidro, 78 anos, fez uma análise rápida à atualidade televisiva para dizer que não se identifica com o vedetismo. Aliás, o veterano comunicador afirmou mesmo sentir repulsa pelo “estatuto de vedeta”.
E mesmo quando a apresentadora questiona se o seu ego nunca se levantou, Júlio Isidro garante que não. “Não há cá reis… Somos todos somos gente da plebe. Incomoda-me”, sublinhou.
Depois, admitiu que se terá exaltado uma ou duas vezes ao longo da sua já longa carreira.
Ainda assim, Júlio Isidro entende que os compromissos publicitários obrigam, quem manda, a ter no ar determinado tipo de produtos, porém, ‘avisa’: “subverter a verdade… não contem comigo”.
Nesta conversa que é também um encontro de gerações, Maria Botelho Moniz quis saber como é pertencer a uma casa como a RTP há tantos anos. Mas Júlio Isidro esclarece que nunca foi funcionário do canal público. Ou seja, sempre colaborou, mas não com contrato de trabalho.

A casa onde quer morrer
Surpreendida, a apresentadora refere que viver assim é de uma grande instabilidade, Júlio responde: “Vivi sempre na corda bamba”.
Depois revelou ainda que 90 por cento dos programas que apresentou foram escritos por si.
Mas, apesar desta ‘desventura’ televisiva, Júlio Isidro revelou que nos últimos anos a sua relação com o canal público melhorou e afirmou mesmo que a RTP é “a casa onde nasci e quero morrer”.
Aliás, o comunicador, radialista e empresário admitiu que está no ‘paraíso’ na sua RTP Memória. “Estou a viver no Oásis”.
Júlio Isidro foi surpreendido pela ‘visita’ da mulher e da filha mais nova no programa da TVI e ainda teceu elogios à forma de apresentar de Maria Botelho Moniz.