Acompanhe os jogos de Roland Garros com a ex-tenista austríaca Barbara Schett
Barbara Schett comenta os principais torneios de torneios para o Eurosport há 19 anos, mas em julho vai participar numa competição © EUROSPORT DIVULGAÇÃO

Ténis: acompanhe os jogos de Roland Garros com a ex-tenista austríaca Barbara Schett! A ex-tenista Barbara Schett brilha entre os comentadores da modalidade no Eurosport e o público pode vê-la agora no famoso torneio de Paris, Roland Garros, que pode acompanhar no Eurosport até 11 de junho, dia da grande final.

Aos 47 anos ainda continua a pegar na raquete e vai estar em julho num torneio em Wimbledon porque o ténis é a sua vida. Em entrevista à TvMais recorda os ídolos que a inspiraram, as jogadoras que a fizeram vibrar e quem vão ser as futuras estrelas da modalidade.

Entrevista à Bárbara Schett

O público francês é muito especial e entusiasta, o que sente um jogador quando joga na terra batida de Roland Garros, a própria Barbara Schett?
Sabemos que os espectadores franceses podem ser bastante severos, têm sempre uma opinião, não têm problemas em vaiar-nos ou em fazerem com que os jogadores saibam que não gostam deles. Nunca tive uma má experiência com eles, mas é desporto. E a beleza do ténis é jogar em vários países e as pessoas serem diferentes. Na Austrália, por exemplo, eles são fanáticos que adoram o desporto, não importa quem ganha ou perde, são sempre encorajadores. Os franceses, se não gostam de ti… não gostam mesmo! O US Open é muito barulhento e louco, já Winbledon é bastante silencioso, às vezes as pessoas nem aplaudem. Esta é a parte divertida do ténis e o público do Roland Garros é diferente, isso é certo.

Enquanto comentadora, que sensações tem quando está a comentar um torneio em que participou?
Nem me lembro que participei, porque a minha parceria com a Eurosport já é mais longa do que a minha carreira. Este é o meu 19º ano com a Eurosport e estive no Tour 12 anos. Portanto, parece tudo muito longe. Mas o ténis é a minha vida, tem-me dado tanto, e é o que melhor conheço. Por isso é que é sempre bom voltar a estes sítios onde joguei, embora já tenha sido há tanto tempo e as pessoas tenham de me lembrar o que fiz lá. É ótimo continuar envolvida e os quatro Grand Slams são os mais espetaculares e aqueles pelos quais anseio sempre mais. Sou muito grata por adorar o que faço!

Tenistas preferidos

Quem é que mais a inspirou no início da sua carreira?
Quando era muito pequena, alguém chamado Björn Borg era uma inspiração para mim. A Chris Evert também. Tinha um poster do Mats Wilander no meu quarto, o que é bastante engraçado porque trabalho com ele agora e tornámo-nos bons amigos. Gostava muito de ver estes tenistas a jogarem e eram os meus ídolos.

Quem foram para si os melhores jogadores de todos os tempos?
Definitivamente, para mim, a Steffi Graf. Ela foi tão dominante, e eu joguei contra ela tantas vezes. Steffi Graf e Serena Williams, tenho de pô-las juntas. Nos homens… escolho sempre três: [Roger] Federer, [Rafael] Nadal e [Novak] Djokovic. Adoro o quão diferentes eles são, o quão diferente eles jogam, como puxam uns pelos outros. Tem sido um privilégio fazer parte do percurso deles, enquanto tenista e agora como jornalista. Fico empolgada por poder testemunhar tudo isso e falar com eles. Daí escolher os três!

Ainda hoje pega na raquete para treinar e manter a a boa forma? E costuma jogar?
Não está muito bem, especialmente a forma como me mexo, que é muito lente (risos). Mas ainda adoro! O meu marido também foi jogador e então posso bater uma bolas com ele, o que é ótimo. Tenho de investir mais umas horas a praticar se quero estar decente no court.

Acompanhe os jogos de Roland Garros com a ex-tenista austríaca Barbara Schett

Com a ausência de Rafael Nada, Roland Garros perde o seu glamour?
Claro que é triste, mas há muitos outros jogadores. Temos o Novak Djokovic lá, temos o Carlos Alcaraz, o que é tão excitante, há o Tsitsipas [Stefanos], o Medvedev [Daniil], o Zverev [Alexander], Holger Rune, Casper Ruud… A determinada altura e é o que é, o Rafa não vai jogar para sempre. As pessoas vão ficar tristes, mas o ténis vai continuar a ser incrível.

Novak Djokovic parece não estar na sua melhor forma, mas poderá surpreender e conquistar o seu 3º título?
Pode. Ele já venceu 22 títulos de Grand Slams e sabe como fazê-lo, como consegui-lo. Não tem jogado muito, é verdade, mas sabemos que, normalmente, ele supera-se nos principais torneios. Temos de ver como estará o cotovelo dele. Ganhou recentemente uns quantos jogos seguidos, o que é ótimo, mas não está a vencê-los facilmente, tem de se esforçar. Mas nunca podemos riscar o Novak Djokovic de um Grand Slam. Claro que ele é um dos favoritos, a par do Carlos Alcaraz, que está a jogar o ténis da sua vida.

Favoritos no torneio

Com Nadal de fora e Djokovic longe do seu pico de forma, o espanhol Carlos Alacaraz será o principal favorito e tornar-se no novo “rei” de Roland Garros na sua segunda participação?
Sim! Já ganhou seis torneios este ano e, especialmente pela forma como tem jogado nos últimos tempos, vê-se que está cheio de confiança. Recuperou o número 1 do ranking, está muito forte fisicamente… Está a levar o ténis a outro nível que pensávamos que não fosse possível. Ele pode definitivamente ganhar este Roland Garros e de certeza que quer muito vencê-lo.

Carlos Alcaraz é, aos 20 anos, uma estrela do ténis internacional. Será número 1 durante os próximos anos?
As perspetivas são boas. A única coisa que me preocupa um bocadinho é a questão física. Quando o vejo jogar penso sempre: ‘Uau, como é que aquele corpo vai aguentar’. Isto pensando nos próximos 15 anos ou assim. Mas depois olho para trás e lembro-me de pensar exatamente o mesmo em relação ao Rafa Nadal, por ser tão físico, pelos problemas que tinha no pé e joelhos, mas depois ele teve uma carreira tão longa… Por isso acho que, se o Alcaraz for saudável, ele vai ser número 1 durante alguns anos.

Mulheres em Roland Garros

Em relação à senhoras, Iga Swiatek vai conseguir revalidar o título conquistado em 2022 ou será que vamos assistir à desforra de Cori Gauff?
A Iga é a favorita! É a número 1 do mundo, ganhou o Roland Garros algumas vezes, está a jogar um ótimo ténis. A maior ameaça dela neste momento não é a Coco Gauff, é mais a Aryna Sabalenka, a Elena Rybakina. A Coco Gauff não está no seu melhor momento. Vamos ver! Mas a Iga quer este título, acho que ela está mentalmente muito forte mais uma vez e que vamos assistir a uma disputa muito boa nos jogos femininos com as três.

Quem, na sua opinião, poderá destacar-se, entre as senhoras, no Roland Garros 2023?
A Coco Gauff, claro, sabe o que faz neste tipo de superfície, a Leylah Fernandez, por exemplo, que gostei muito de ver a jogar o ano passado no Roland Garros. Não tenho tanta certeza em relação às norte-americanas. Talvez alguém novo, o passado mostra-nos que no lado das mulheres costumam existir surpresas, pergunto-me quem poderá ser este ano…

Acompanhe os jogos de Roland Garros no Eurosport até 11 de junho.

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Ténis feminino na atualidade

E quem vai dominar o ténis feminino nos próximos anos?
A Iga Swiatek tem dominado no último ano, que foi fenomenal para ela, e ninguém a tem desafiado muito até agora, vamos ver se isso mudará. Mas acho que ela é a jogadora mais completa e consistente, mentalmente está extremamente forte – ela tem trabalhado muito nessa parte, que, sabemos, é fundamental no ténis, é quase 80% daquilo que é preciso para ter a mentalidade certa e lidar com a pressão. Parece-me motivada e quer estar no topo por muito tempo, o que acho que vai acontecer, até porque ainda é bastante nova.

Cori Gauff tem tudo para ser a sucessora de Serena Williams?
A Serena é a tenista de mais êxito que tivemos, o que ela atingiu é fenomenal, a Coco ainda precisa de ganhar o seu primeiro título de um Grand Slam… e depois mais 22! (risos) Portanto, não dá para as comparar, não ainda, porque a carreira e o caminho da Serena são incríveis.

Na edição de 2021, Naomi Osaka abandonou Roland Garros alegando que era o melhor para a sua saúde mental. Os jogadores estão sujeitos a grande pressão quando jogam nas principais competições?
Os jogadores estão sempre sob grande pressão no geral, ainda mais do que quando eu jogava, porque agora há câmaras por todo o lado, há as redes sociais… as coisas mudaram, têm de estar sempre conscientes do que estão a fazer, o que pode ser bastante stressante. A Naomi não foi a única que expressou isso, já o ouvimos de muitos outros jogadores. No passado, a única pressão era aquela que colocávamos em nós mesmos, e eu vivi isso. Quando a pressão vem de fora… É mais difícil lidar com isso agora do que há 15 ou 20 anos.

Bárbara Schett em Roland Garros

Que recordações tem das suas participações neste torneio?
Boas e más! Lembro-me de ter jogado como júnior uma vez, o que foi avassalador para mim, porque foi a primeira vez que estive perto das grandes estrelas, estavam ali a poucos metros de mim. Só pensava “Uau, estou aqui”. Acho que perdi logo na primeira ronda. Recordo-me de ter ganho um jogo incrível contra a Venus Williams, que era número 2 do mundo, no court Suzanne Lenglen. Foi uma sensação muito boa. Lembro-me de, num ano, ter perdido na 4ª ronda contra a Arantxa Sánchez-Vicario, que chegou até à final. Foi uma derrota dolorosa, embora eu tenha jogado um ótimo ténis.

A derrota mais pesada foi contra a Serena Williams, por 6-0 6-0, no Philippe Chatrier Ela esmagou-me completamente. Não foi doloroso. Foi tão rápido que nem tive tempo para ficar envergonhada (risos). É algo que nunca vou esquecer! Sempre gostei de jogar no Open francês. Adorei estar em Paris, o torneio era porreiro, gostava de jogar em terra batida. É sempre bom regressar àquele lugar que é muito especial

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