É no chão, mas em “casinhas” de um tabuleiro gigante e interativo, que os concorrentes começam a jogar o novo concurso da RTP1, conduzido por Vasco Palmeirim. “Gosto muito de fazer concursos com público, e neste caso não preciso porque tenho concorrentes que são público e incríveis”, começa por dizer o anfitrião de “The Floor”, que estreia no sábado, 14 de setembro, a seguir ao “Telejornal”.
Vasco Palmeirim explica como tudo se desenrola neste novo concurso da RTP1: “Temos o tabuleiro dividido em 100 retângulos e em cada um está um concorrente que defende a categoria em que se sente mais à vontade, caso de figuras públicas nacionais, futebolistas, pintores ou produtos de mercearia”. O desafio deste novo formato começa quando, de forma aleatória, a luz incide sobre um concorrente e este escolhe contra quem quer jogar e desafiar para um duelo, tendo em mente a conquista da casa do adversário. “No final desse duelo, um sai vencedor e continua no ‘The Floor’. O que perde… tchau, tchau, vai à sua vida! Quem fica anexa a casa de quem se foi embora. O objetivo do programa é exatamente esse, a conquista de território”, salienta Vasco Palmeirim.
Mas desengane-se quem está à espera de ver mais um concurso de cultura, porque, de acordo com a estrela da estação pública, este formato é muito mais do que isso. “É um jogo de reconhecimento e de memória. Os concorrentes [no duelo] olham para as imagens e têm de identificá-las. Tenho a certeza de que em casa vai estar tudo aos gritos, porque os concorrentes estão sobre pressão, sem ajudas e a lutar contra o relógio, e não se lembram de coisas que, na ótica de quem está a ver, podem ser básicas.”
“Tive concorrentes em lágrimas com a saída de alguém“
Ainda sobre os concorrentes, Vasco Palmeirim destaca os laços criados e sentimentos desenvolvidos ao longo das dez semanas de gravação. “Podemos ter uma miúda de 20 e tal anos, extremamente urbana, que acabou de sair da faculdade e tem os seus sonhos, e também um senhor de 80, vindo de Trás-os-Montes e que nunca esteve num concurso, mas veio ver como é que isto é. E o espectacular disto tudo são as amizades que se criam.” E o apresentador prossegue: “Quem está no ‘The Floor” passa muito tempo junto, e começam a falar uns com os outros, é perfeitamente normal. Isso torna o jogo ainda mais engraçado porque a dada altura é preciso eliminar os vizinhos, precisamente as pessoas com quem privaram durante dez semanas e de quem se tornaram amigas”.
O anfitrião conta que houve despedidas dramáticas. “Tive concorrentes em lágrimas com a saída de alguém. Se não fosse o ‘The Floor’ essas pessoas poderiam nunca cruzar-se ao longo da sua vida. Portanto, o programa tem uma dinâmica muito humana e de relacionamento. Tenho a certeza de que algumas amizades vão ficar para a vida e muitos vão recordar esta experiência para sempre.” Apesar de tudo isto, não falta a rivalidade, ou não fosse este concurso com um prémio apetecível. “Quem quiser ganhar os 50 mil euros vai ter de mandar para casa os amigos que tenha feito”, reconhece o apresentador da nova aposta da RTP1. E na derradeira emissão do “The Floor” tudo pode acontecer. “Poderá ser uma final super equilibrada, entre alguém que tem 51 casas e outra 49, mas também pode haver um concorrente com 98 e o outro com apenas duas…” O desfecho pode ser inesperado até porque, como diz Vasco Palmeirim, “há malta que faz bluff e outros que não abrem a boca durante semanas”.