A cantora Irma reagiu à polémica em que viu o seu nome envolvido, juntamente com as tranças de Rita Pereira.
Na semana passada, instalou-se o caos na gíria digital, quando a estrela da TVI surgiu de tranças, vestindo a personagem de “Filha da Tuga” para promover o novo tema da cantora. Vários internautas manifestaram-se e atriz sentiu-se obrigada a justificar-se perante um milhão e quinhentos mil seguidores.
Mais à frente, a atriz e cantora Maria Sampaio fez uma reflexão nas InstaStories: o problema não são as tranças da Rita Pereira, mas sim “a parte da letra da música associada“ do vídeo publicado pela mesma, a 15 de julho.
A musica em causa pertence à cantora Irma e foi lançada a 13 de julho. No comunicado publicado no seu Instagram, defende-se das críticas: “Esta canção mexe com muitas feridas ainda abertas em muita gente. Porém, também acho que ela se cumpre no debate e diálogo que está iniciado, na possibilidade que nos permite de entender melhor o outro, as suas mágoas e cicatrizes e de dar um pequeno contributo numa necessária reconciliação coletiva. Em nenhum momento me quis colocar numa posição de vitimização. Só quis contar a minha história, a minha verdade, sempre ciente do lugar privilegiado em que me encontro, até pela visibilidade que a minha posição me traz“
Mais adiante, a cantora ainda afirma que, quando decidiu lançar o tema: “o gatilho (da letra) foi a urgência em contar a minha história e com sorte histórias de muitas pessoas“.
“Se isto não fosse suficiente para ter o direito em elevar a minha cultura, também tenho muito respeito por ela. Leio-a há alguns anos e no último ano mais a fundo. Porque a sabedoria não é recurso escasso, sinto sempre que tenho mais coisas a aprender e quero contar a história ao meu filho como realmente aconteceu“, acrescenta, deixando claras as suas origens africanas ao longo do comunicado.
No final, a intérprete de “FILHA DA TUGA” assenta a sua “luta pelo racismo não ser uma questão de opinião“. Finaliza alertando que “é necessário conversar, sem agredir, sem excluir. É urgente reconstruir, contar a história como realmente aconteceu e passá-la ao mundo. Estarei sempre aqui, pronta para ouvir. Obrigada. Irma“.