Ângelo Rodrigues, 25 anos, não perde a oportunidade para dar um bom exemplo em causas humanitárias. O ator passou uma tarde no Refúgio Aboim Ascensão, em Faro, onde acarinhou dezenas de crianças. Este centro de acolhimento temporário, dirigido por Luís Villas-Boas, recebe menores em risco, vítimas de abusos, negligência, maus tratos ou abandono. “Há muito tempo que sentia a vontade de conhecer de perto a realidade das crianças que, por diversos motivos, vêm parar a instituições como este centro”, explica, tendo escolhido o Refúgio Aboim Ascensão “pela sua história na luta pelos direitos das crianças”.
Sempre sorridente, Ângelo considera que esta visita não se prende tanto com “ter um papel mais ativo na sociedade” mas, sim, com o seu “lado solidário”, considerando que toda a gente se devia “preocupar em ajudar, por vezes com um simples gesto de carinho, aqueles que mais sofrem por serem inocentes, as crianças. Por esse motivo, estou aqui hoje na tentativa de os fazer sorrir. Toca-me muito ver todas estas crianças que aqui estão e saber algumas das suas histórias trágicas, mas o que me deixa contente é perceber que depois de terem entrado para ‘a casinha cor de rosa’, como elas lhe chamam, todas têm um final feliz.” O jovem fez questão de reforçar a importância do que encontrou neste centro: “Carinho, muito amor, educação e acompanhamento médico por pessoas especializadas. Uma verdadeira família”.
Duas jovens que cresceram no Refúgio Aboim Ascensão, e que têm agora a idade do ator, quiseram partilhar com ele as suas histórias. “Hoje, têm as duas a sua família e, acima de tudo, veem a vida de uma outra forma. São duas jovens, fortes, sensíveis, que não escondem o seu passado e o seu orgulho em vencer. Isso sim, foi uma grande inspiração para mim”, reforça, emocionado com tudo o que viu e ouviu. “Não vou esquecer este dia, o olhar de ternura de todas aquelas crianças, a sua inocência e os seus sorrisos.” E está apostado em que a sua decisão de apoiar a instituição não fique por aqui. “Vou voltar! Quero acompanhar e, acima de tudo, dar a cara por esta causa nobre, ajudar a divulgar este projeto de emergência infantil.” Antes de partir, quis fazer um apelo. “Não fiquem de braços cruzados, vamos ajudar! Se todos dermos um bocadinho que seja de nós, todas estas crianças terão certamente um futuro feliz!”