Zezé Motta anda feliz da vida com a sua personagem em “Ouro Verde”. Em entrevista à TvMais, a Neném da trama escrita por Maria João Costa fala sobre o seu papel e acerca da sua estada (prolongada) em Portugal. Para o nosso país são só elogios, ela que, no final da década de 80, chegou a cantar no Terreiro do Paço, em Lisboa, para mais de 40 mil pessoas. “A Neném é a consciência do Jorge, é ela que está lá sempre para os bons e os maus momentos da personagem do Diogo Morgado”, começa por referir Zezé Motta à nossa revista, para defender as motivações do empresário Jorge Monforte: “Apesar de ele querer vingança contra o Miguel [Luís Esparteiro] e a família do banqueiro, ele tem um coração muito puro. O Jorge Monforte vive atormentado pelo passado, pelo assassinato cruel da família, é uma motivação que ele não consegue mesmo controlar”.
A atriz brasileira, de 72 anos, garante estar a “adorar a personagem” e mostra–se convicta de que “a Neném tem ainda muito por revelar na novela”. “Ela é uma espécie de matriarca, uma mão amiga, uma guia que qualquer um gostava de ter na sua vida”. Isto apesar de a sua personagem ir morrer muito em breve, assassinada por Laurentino (Bruno Cabrerizo). Zezé Motta sublinha que os outros atores brasileiros do elenco de “Ouro Verde” – Sílvia Pfeiffer, Adriano Toloza e Úrsula Corona – “também estão a adorar Portugal”.
E não poupa os elogios: “Não é a primeira vez que estou no vosso país, mas nunca fiquei em Portugal tanto tempo. Está a ser maravilhoso, só estranho mesmo o frio quando ele aparece. No Brasil estão 42 graus! Mas tenho tomado vitaminas, ando agasalhada, está tudo a correr bem”, confessa, com um sorriso.
Zezé Motta diz que tem sentido o carinho do público. “No aparthotel onde moro, quando vou ao supermercado ou à farmácia, as pessoas estão sempre a comentar a novela, que está a agradar muito e a ter uma boa audiência. Os portugueses são muito carinhosos, estou a ser tratada como uma rainha e está tudo a correr muito bem. Faço ‘Ouro Verde’ com muito prazer e está a ser uma experiência incrível viver do outro lado do oceano.”
Esta não é a primeira vez que a atriz brasileira trabalha no nosso país: “Já tinha participado na série ‘Almeida Garrett’ [exibida pela RTP1 em 2000]. E fiquem a saber que Lisboa foi o maior público para o qual cantei: foi no Terreiro do Paço, no final dos anos 80. Era um projeto com cantores de língua portuguesa. Foi uma experiência linda. Fiz um show de 30 minutos para 40 ou 50 mil pessoas e foi uma emoção única. Noutro dia, voltei à praça e fiquei muito emocionada!”