Nunca sonhou casar-se, mas sempre quis ter filhos, assume sem rodeios. A família que construiu é o maior orgulho de Fernanda Serrano e não pode faltar tempo para os seus. Como tal, a atriz desdobra-se entre o trabalho e aqueles que mais ama.
De tantos papéis que já fez, ser mãe é o maior?
Completamente! Sempre quis ser mãe. Nunca quis casar-me, mas lembro-me de ser miúda e de dizer à minha mãe que não precisava de um homem mas que ia ter filhos. Depois aconteceu viver tudo o que disse que não queria com o pai das minhas crianças, contrariamente a todas as minhas expetativas (risos).
Toda a gente a imagina com um lado romântico, mas afinal…
Não sou nada romântica! Só queria ser mãe. Tudo o resto aconteceu e foi uma surpresa boa.
Como é a relação com os seus quatros filhos?
É maravilhosa. Estamos numa fase em que falamos mais, já se aproximam da idade da adolescência, exceto a pequenina, já têm a sua opinião, perspetiva, forma de estar e de ser. São totalmente diferentes. A Laura aproxima-se mais de mim, porque gosta da exposição, quer ser atriz. Não sei se tem aptidão ou talento. Vai ter de experimentar, mas ainda é muito nova para isso. O Santiago e a Maria Luísa são o oposto, querem estar sossegadinhos, são muito observadores e calados, e a Caetana é uma coisa fofa e a alegria da casa.
Aproxima-se o Dia da Mãe. Tem alguma coisa preparada?
Não, mas eles fazem sempre trabalhos lindos para me oferecerem. Para mim, o melhor é estar com eles.
E como é enquanto filha?
Acho que sou uma boa filha. Se estou numa fase mais acelerada de trabalho, os meus pais ficam um pouco tristes, com “fernandite aguda”, que foi um termo que o Pedro Granger arranjou. Sinto-os tristonhos e mais calados, com saudades. Somos tão próximos que se existe uma mudança na nossa rotina, sentimos a falta, o que é bom.