
Desde a saída de Cláudio Ramos da SIC, Cristina Ferreira está a estudar quem a pode substituir nas férias com sucesso. Já teve João Baião, Joana Barrios e João Paulo Sousa, e todos fizeram boas audiências, não deixando a dona da casa ficar mal. Outros poderão passar por lá, porque Cristina não quer canalizar a sua ausência numa só pessoa, como fez com Cláudio, que a “deixou literalmente na mão”, assegurou à revista TvMais fonte ligada à produção de “O Programa da Cristina”.
Se nunca havia uma manhã igual, agora o frenesim passou a ser ainda maior e com resultados surpreendentes. O programa continua líder e a fazer números históricos para o horário. Na sexta-feira, dia 28 de fevereiro, “O Programa da Cristina” foi o mais visto do dia, o que deixou a mulher mais influente do País feliz e recompensada pelo empenho que ela e toda a equipa imprimem desde o primeiro dia. “Raramente falo de audiências. O que me norteia profissionalmente é a qualidade, a diferença e a forma como entendo o fazer televisão. Tenho tido a sorte do público me dar a mão. Durante anos, ou melhor, desde sempre, os programas da manhã foram encarados como o parente pobre dos conteúdos televisivos. Eu, que nunca desejei o prime time [horário nobre], para mim não há públicos melhores nem mais importantes, sinto uma vaidade que não quero castigar ao saber que o ‘O Programa da Cristina’ foi o programa com o share mais alto do dia. O programa que começou com uma exposição de arte, isto é, tudo aquilo que não funciona num programa da manhã. Arte não é para ‘donas de casa’. A casa que já foi palco de ópera, música clássica, teve orquestra a tocar, música popular, políticos e música “pimba”. Estrangeiros e portugueses. Os que escolhem diariamente o que ver. De manhã ou à noite (quando andam para trás na box). Um programa da manhã ”, publicou nas suas redes sociais.
Desiludida com “vizinho”
Olhando para os números, Cláudio Ramos saiu quase sem aviso prévio, mas não fez mossa no programa, obrigou a ajustamentos rápidos, mas sobretudo deixou Cristina Ferreira triste, logo ela que apostou forte nele. A desilusão em relação à forma como o antigo “vizinho” se despediu é indisfarçável aos olhos de quem a vê diariamente quando as luzes da casa se apagam. “Ficou triste, como é óbvio, mas disse-lhe que tinha de ir, não o tentou demover, percebeu perfeitamente. Conseguiu-lhe muita coisa, mas a SIC não iria chegar aos valores da TVI e era a oportunidade da vida dele. Ele podia era ter-lhe contado com maior antecedência para a produção preparar a saída. Não era avisar a cinco minutos de o comunicado ser enviado para a imprensa”, contou fonte à TvMais.
Quem também foi apanhado de surpresa com a saída de Cláudio foi Daniel Oliveira, que se reuniu logo com a apresentadora para elaborarem as estratégias de ataque. Se, em tempos, os dois estavam mais separados em termos de trabalho – Cristina comandava a sua casa, mas na restante programação só o diretor de Programas mexia –, neste momento há uma união maior, até porque ambos são bons estrategas e já perceberam que estão perante um perigo iminente chamado “Big Brother”, que volta à antena da TVI já a 22 de março, pela mão de Nuno Santos, o mais recente homem do leme na programação do canal de Queluz.