É uma das mais bonitas (e talentosas!) atrizes da nova geração. Há dois anos, deixou a TVI, depois de um par de papéis de destaque, para se mudar para a SIC, onde, assegura, cresceu ainda mais. Hoje, Isabela Valadeiro dispensa apresentações e sonha com novos voos, apesar de estar feliz e manter-se fiel a Paço de Arcos.
Como tem sido dar vida à Vitória de “A Serra”?
Tem sido ótimo! Ela é um grande desafio porque é uma personagem muito simples e doce, um bocadinho diferente daquilo que tenho feito, que são personagens com um cariz com muito mais salero, picante, força. Esta trouxe-me alguma tranquilidade, naturalidade.
É a jovem mais parecida consigo que já fez?
Em partes… Mas sim, é muito parecida comigo nos valores e acalmou-me, de uma certa forma. É uma miúda sossegada, muito à margem, gosta de estar e ouvir, mas muitas vezes nem dá a sua opinião. Outras vezes dá, como tem acontecido com a Carlota, em que ela se impõe, porque é algo que a revolta, é um caso de justiça. Mas eu, Isabela, sou, se calhar, um bocadinho mais opinativa.
Recentemente, vimos o momento em que a Carlota apanha a Vitória com o Fernando e depois tenta atropelá-la. Como foi gravar essas cenas?
Foi maravilhoso! É que a Sofia é a antítese da Carlota. Ela é um doce, a generosidade em pessoa. Pergunta-me logo se está tudo bem comigo.
Chegou ao fim das gravações cansada?
Um pouco. Desde que comecei a trabalhar que não tenho parado. E ainda bem! Estou muito grata por isso, mas esta novela foi muito atribulada e chega dela. Claro que vou ter saudades, como sempre. Vivemos isto intensamente, todos juntos.
E agora, o que se segue?
Tenho outro trabalho na RTP1 [a segunda temporada da série “Três Mulheres”] e mais um. É ótimo ter este privilégio.
É para continuar na SIC…
Sim, sim, continuo aqui. Estou muito feliz. Claro que no outro lado [na TVI] também fui muito feliz, mas aqui transformei-me, de certa forma. No outro lado foram os dois primeiros trabalhos da minha vida e foram desafios extraordinários. Aqui foi uma reviravolta. De repente: ‘Boom! Agora tens de ser atriz’. Então está bem! E, portanto, estou muito satisfeita e vou manter-me por cá. Sou muito bem tratada.
Tem pena de não poder fazer uma pausa?
Não, até porque depois destas produções vou parar. Quero fazer mais umas formações, não sei se irei para fora. É importante e crucial pararmos para reciclar.
É uma atriz diferente daquela que se estreou como Safira em “A Herdeira”, em 2017?
Sim, mas sou a mesma pessoa. Sobretudo em “A Herdeira”, que foi o meu primeiro trabalho, estava ali a dar tudo, adorava. Agora sou muito mais sóbria, pesa muito mais a responsabilidade. Hoje, preocupo-me e sofro mais, no sentido de querer fazer mais e melhor, quando erro. Na altura, deliciava-me, era a miúda. Tinha oportunidades para falhar – claro que agora também tenho –, mas custa-me mais.
Agora é a Isabela Valadeiro, já não é a sósia da Sara Sampaio…
É verdade (risos). Já há mais responsabilidade! Por exemplo, quando fui nomeada para os Globos de Ouro, há quem ache que nos vamos deslumbrar… Pelo contrário. Senti muito mais expectativas sobre mim e quis mostrar que correspondia. Não me tocou essa coisa do deslumbramento. Há uma responsabilidade acrescida, há que fazer mais e melhor todos os dias.
O segredo da excelente forma física?
“Comer bem e fazer exercício. Cuidar de mim, cremes, limpeza, hidratação… E ir ao Alentejo de vez em quando. Recomendo vivamente. O interior faz maravilhas.”
Ciúmes do namorado?
É esta a nossa profissão. Também já o vi com a Carolina [Loureiro], e com mais não sei quantas, e ele a mim. É muito tranquilo, são ossos do ofício. São beijos técnicos, pura e cruamente.