Tem mais de 20 anos de carreira, numa profissão que nem sempre é fácil devido à instabilidade, mas, há um ano, Rui Melo passou por um período muito complicado. Devido à pandemia da Covid-19, ficou sem trabalho. “Tinha terminado o ‘Conta-me como Foi’ e ia começar uma nova produção no final de março, mas o mundo parou. E fiquei até quase ao fim do ano, quando comecei a gravar a série ‘Chegar a Casa’, sem trabalhar. Estava aflito, fiquei sem receber dinheiro”, começa por contar o ator à margem da apresentação da nova série da RTP1, que foi como “uma bóia de salvação monetária e emocional”. Ainda assim, não esconde que enfrentar esta instabilidade não é fácil. “Lida-se com aceitação, preocupação e com a tal esperança num futuro, sendo que, neste caso da pandemia, a coisa era absolutamente incerta. Não sabíamos se ia acabar, quando é que voltaríamos a trabalhar… E isso é muito angustiante”
Curiosamente, foi após rodar “Chegar a Casa”, em estreia na RTP1, que surgiu a ideia para a mininovela “Pôr do Sol”, que recentemente o canal público exibiu e em que deu vida ao vilão Simão, para além de ser um dos autores. “Foi um trabalho muito feliz, que surgiu de uma ideia de nos mantermos ativos”, admite. O formato foi um sucesso nas redes sociais e há quem sonhe com uma nova temporada. Sobre isso, Rui Melo prefere não ter falsas esperanças. “Já não tenho idade para criar grandes expectativas. Havia sumo para uma segunda temporada, mas dependeria de muitos fatores. Se gostávamos de fazer? Obviamente que sim. Se é possível? Não faço ideia…”, finaliza.