Filipa Nascimento está de luto. A estrela da SIC partilhou ao início da tarde deste domingo, 25 de Junho, um desabafo no Instagram. É que Joana, a rapariga que morreu na sexta-feira depois ter sido esfaqueada ao sair de casa, era sua familiar. O assunto tem gerado muito falatório e a atriz decidiu quebrar o silêncio. Assim, Filipa Nascimento chora a morte da prima esfaqueada no Algarve.
“A Joana, a minha prima, tinha 26 anos e uma vida pela frente, sonhos por concretizar, familia por ver crescer, objetivos por alcançar”, escreveu primeiramente. Em seguida, prosseguiu: “Que as Joanas deste mundo sejam ouvidas, protegidas e honradas”. Filipa Nascimento ainda está em choque com tudo o que aconteceu. “O inferno e a dor pela qual estamos a passar ninguém nos tira, mas alivia saber que a justiça será feita. Pelo menos assim o espero”, acrescentou, por fim. Com esta mensagem, Filipa Nascimento chora a morte da prima esfaqueada no Algarve.
Entenda o caso
Joana Nascimento, de 26 anos, morreu esta sexta-feira depois de ter sido esfaqueada no pescoço ao sair de casa, em Lagoa. De acordo com o jornal “Correio da Manhã”, a rapariga estava a sair de casa quando tudo aconteceu. Depois de a terem esfaqueado, ainda conseguiu fugir do local e pedir ajuda. Foi para o hospital e chegou a ter alta, mas sentiu-se mal e acabou por ter que ir de helicóptero para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde morreu. Entretanto, no sábado, o ex-namorado da vítima entregou-se às autoridades.
Francisca de Magalhães Barros, ativista pelos direitos das mulheres e das crianças já se manifestou sobre tudo o que aconteceu. “A Joana morreu hoje com uma infeção na traqueia mas não foi isso que a matou”, escreveu primeiramente. Em seguida, prosseguiu: “Foi o homicida que está a fugiu. Aquele que ela já tinha feito inúmeras queixas. A Joana tinha 25 anos, será que preciso de repetir? Ela não morreu por uma infeção. A Joana morreu esfaqueada. Ele fugiu. Ou escondeu-se”.
A ativista continuou o seu desabafo: “Depois apareceu com uma advogada. Ninguém protegeu a Joana. A Joana era educadora de infância. Ela era. A Joana não é, porque alguém lhe roubou essa possibilidade entre o verbo presente e passado está um homicida cheio de direitos. Entre o verbo presente e o verbo passado está uma mulher que se poderia ainda chamar Joana, que os seus pedidos de ajuda podiam ter sido atendidos e onde as medidas de proteção não continuavam a ser patéticas”. Francisca de Magalhães Barros não cala a revolta e lança acusações: “Nesse poderia estaria um país preocupado em proteger as suas mulheres. No pode está um país que se contenta com botões de pânico, penas suspensas e mulheres que lutam para se manter vivas, isto é quando no presente são brutalmente mortas”.
“Já não está cá para se defender”
Ao invés disso, afirma, está “o inferno de uma família destroçada, amigos que apelam por justiça”. E não tem dúvidas: “ficará um eterno baú de memórias de uma Joana que lutou para viver num país que tem de aumentar a pena para o crime mais cometido em Portugal, ainda que não valha os merecidos lugares na cadeia. É preciso ser morta uma e outra vez, para estes indivíduos terem lugar privilegiado nas prisões portuguesas”. Por fim, remata: “Olhem afinal o indivíduo apresentou-se na esquadra com uma advogada depois de fugir, mas a Joana já não está cá para se defender. A defesa é toda dele. Ainda vai conseguir ver o nascer do sol. A verdade é #somostodasjoanas. Senão na sorte de hoje no azar de amanhã”, lamentou.
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