Juiz ou advogado? Na primeira entrevista, esclarece a sua posição no recém-estreado programa da TVI e ainda aborda as recentes polémicas. Hélder Fráguas: quem é o juiz que bate com o martelo em “A Sentença.” Saiba, em seguida.
“Sou juiz aposentado, ponto. É este o meu estatuto atual”, diz, em primeiro lugar, à revista TvMais Hélder Fráguas, o magistrado do novo programa da TVI “A Sentença”, num esclarecimento que se impõe devido às dúvidas dos últimos dias. Por um lado a aposentadoria compulsiva pelo Conselho Superior da Magistratura e, por outro, a palavra juiz tem sido escrita entre aspas por muitos meios de comunicação social. Além disso, nos últimos anos, Hélder Fráguas foi advogado, o que poderia levantar dúvidas ao público.
“Pedi à Ordem dos Advogados a suspensão temporária da minha inscrição como advogado”
“Pedi à Ordem dos Advogados a suspensão temporária da minha inscrição como advogado”, esclarece em declarações à revista. Sobre a “aposentação compulsiva” pelo Conselho Superior da Magistratura (CSP), Hélder Fráguas admite que “nunca” usou “linguagem obscena na internet”. Contudo, admite que “talvez houvesse um texto que ferisse algumas suscetibilidades”, numa referência a “O Homem Nu e a Banheira”, no qual escreve que “a justiça e a nudez sempre mantiveram um relacionamento estreito”.“Esse processo disciplinar, que muito me honra e integra o meu curriculum vitae, não culminou na demissão”, garante. E desmente, em seguida, algumas informações que têm vindo a público.
“Quem assistir ao programa terá sempre tirado proveito e conhecerá melhor a lei que nos rege”
Todavia, polémicas à parte, Hélder está agora concentrado no programa “A Sentença”. “Sendo um modelo de entretenimento, com uma componente pedagógica e informativa, creio que quem assistir ao programa terá sempre tirado proveito e conhecerá melhor a lei que nos rege”. É assim que defende, em suma, para elogiar, também, “O Juiz Decide”, exibido há muitos anos na SIC. O formato com o qual “A Sentença” tem sido comparado. “Antes do programa da SIC da década de 90, já na década de 80, Júlio Isidro tinha uma rubrica idêntica com Luís Laureano Santos, com muito sucesso. Laureano Santos tem um capítulo publicado no meu livro ‘Se a Justiça Falasse…’. O autor deste programa ‘A Sentença’ é o mesmo do programa da SIC. São modelos muito interessantes, existentes noutros países também”, diz, em suma.
“É um profissional extraordinariamente competente”
“Aplicarei rigorosamente a lei vigente em Portugal”, garante, primeiramente, Hélder Fráguas, que fala das valências deste espaço da TVI. “É, acima, de tudo, um programa de entretenimento, sendo também informativo e pedagógico. Não se trata de uma teleconsulta. Não ajudará ninguém que tenha uma situação semelhante, porque não são situações iguais.” Quanto a João Patrício, o apresentador de “A Sentença”, Hélder Fráguas elogia o contacto com o também realizador. “É um profissional extraordinariamente competente, com funções de direção e que conhece o mundo da televisão em todos os seus aspetos”, começa por referir. “Consegue sempre alcançar as metas que define. É um excelente comunicador. Tenho aprendido muito com ele”, assume, por fim.
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