“Nós não merecíamos isto. Acolhemos a Teresa aos 9 anos e cuidámos dela, demos-lhe educação, comida e roupa lavada. E ela ainda é mal agradecida e vai contar mentiras para a televisão”. As palavras são de Justino Araújo, irmão do pai da concorrente de “Casa dos Segredos” e padrinho dela, revelam desilusão, pois, embora já não visse a jovem desde que ela fugiu de casa dele em Miranda do Corvo, Coimbra, pensava que a sobrinha fosse mais agradecida. “Quando a mãe se foi embora de casa naquela vez, ela não foi abandonada. O pai tratou dela e dos irmãos e, apesar de ter problemas com o álcool, nunca os tratou mal. Ela está ali na casa para jogar, mas não tinha direito de dizer mentiras”, conta Justino.
O casal tinha regressado a Miranda do Corvo, depois de 20 anos a trabalhar em Espanha. “A minha filha estava criada e eu soube das dificuldades do meu irmão e quis ajudar as crianças. Dos 6 aos 8 anos, a Teresa viveu com o pai, mas depois o tribunal entregou-me a sua guarda em 2000. “, recorda o padrinho da concorrente.
Teresa disse que era escravizada. “É lógico que ela tinha de ajudar aqui no café depois da escola. Mas nunca serviu às mesas, dava apenas uma ajuda à minha mulher na cozinha ou levantava pratos. A obrigação dela era ir à escola e vir para o café fazer os trabalhos de casa”.
O padrinho diz que Teresa sempre foi muito de fazer o que queria. “Andava sempre a fugir e não tinha regras para nada. Antes de vir para nossa casa, ainda fugiu com a irmã Helena para uma quinta na Lousã”, refere. “Ela é como a mãe, que passa a vida a fugir…”, acrescenta Laura.
Revoltados, os padrinho da concorrente dizem que não estão arrependidos dos sacrífícios que enfrentaram para a criar, mas nunca mais a querem ver. “Nunca mais queremos ver a Teresa, ficámos muito tristes e magoados”.