A história de há 30 anos está prestes a repetir-se, tal como a TeleNovelas lhe deu conta em primeira mão. A mando de Eduarda, Jorge vai raptar Diogo e esconde-o num barracão sem que ninguém possa sonhar com o local onde ele está. Mas, mesmo lá, ainda vai ter algumas dores de cabeça.
Após uma conversa com a vítima, o vilão deixa-a novamente sozinha numa sala. Numa outra divisão conversa com o cúmplice. “Digo-te já que não estou a gostar nada desta jogada. Acho que estamos a arriscar muito”, solta Octávio. “Quem não arrisca não petisca, nunca ouviste dizer?”, atira o pai de Beatriz. O seu colega continua receoso: “Pois, mas tu disseste que o pai adotivo ali do militar é ex-PJ… Não sei se estamos a mexer num ninho de vespas”. “Eu conheço bem o tipo, não te preocupes”, tranquiliza-o. Octávio pede-lhe então que lhe explique novamente o plano para ganharem dinheiro com aquilo. E Jorge volta a reforçar que a intenção é fazer com que Beatriz e a família lhes entreguem dinheiro pelo resgate. “Vamos esperar mais uma hora ou duas, para os deixar mais desesperados, e depois enviamos uma foto do militar. Dúvidas? Amassamos-lhe a cara para ele ficar mais desgraçado. Depois peço a guita”, afiança. “Mas se ele não é rico, não é garantido que pague”, aponta o cúmplice. “Paga, já disse que paga. Ele tem poupanças, é amigo do ex-marido daquela que foi ministra… e anda metido com a filha dela. No mínimo sacamos mais uns 100 mil euros”, volta a frisar Jorge. “100 mil mocas não é mau… E depois? Matamos o gajo?”, indaga Octávio. “O que é que achas?”, reage o vilão, acabando por ser interrompido por um estrondo vindo do barracão.
No barracão, Diogo consegue fazer com que um armário com garrafas caia. Há vidros espalhados pelo chão e o pai de Teresa está sentado no chão, empenhado a tentar cortar o objeto que lhe prende as mãos, já depois de ter cortado o dos pés. É nesse instante que chega Jorge, surpreendido por o ver naqueles preparos. “O que é que pensas que estás a fazer? Larga esse vidro, já! Larga!”, grita, de arma em punho. Num impulso, Diogo levanta-se e derruba o rival com um pontapé. Este é apanhado de surpresa, pois não percebeu que ele estava solto. O militar corre para a saída e, apesar de caído, o pai de Beatriz consegue apontar a arma para a sua vítima e dispara a matar. “És um homem morto, Diogo”, solta. O filho de Carlos é atingido a tiro e cai, inanimado e com sangue a alastrar nas costas. Jorge consegue levantar-se e ao ver aquele cenário teme ter tirado a vida a Diogo.