O dia foi passado no Palácio dos Marqueses de Fronteira, em Lisboa, local escolhido para gravar o aniversário do pai dos protagonistas da novela da TVI, “A Impostora”. Os irmãos Rodrigo (Diogo Infante) e Frederico (Pedro Lamares), junto com a mulher deste, Diana (Fernanda Serrano), sentam-se com o patriarca da família e conversam, aparentemente animados. Porém, o dia de festa termina de forma trágica, pois o aniversariante é atingido por um tiro e acaba por morrer. Começa assim o primeiro episódio do projeto que só tem data de estreia marcada para setembro, apesar das gravações terem começado em novembro do ano passado.
Todos acusam o cansaço e Fernanda Serrano tece mesmo duras críticas à produção. “É um dia chato. Odeio festas, casamentos, batizados e funerais. São as piores cenas. Demoram muito tempo, é muita gente, muita confusão e quando as coisas não estão perfeitamente planeadas é sempre um dia difícil para todos”, diz sem reservas.
Mas esta sequência, que dá mote a toda a história, não é o pior para si. Ter apenas um dia para estar com os filhos é que a faz questionar a equipa. “Custa-me gravar de segunda a sábado, porque tenho quatro crianças com quem já não estou nem de forma quantitativa nem qualitativa durante a semana. Seria decente abolirem os sábados, mas é algo que tem de ser gerido.” Lá em casa, os mais pequenos queixam-se. “Eles têm acusado a ausência da mãe. Todos! E a mãe irrita-se bastante com isso, com o não estar presente principalmente ao fim de semana. Custa-me bastante, mas não posso denunciar isso aos meus filhos. Tenho de lhes dizer que faz parte do trabalho da mãe”, contou. “Não tive nenhum fim de semana desde que comecei, mas tenho a esperança secreta que depois desta entrevista mo vão dar”, acrescentou, a brincar.
Santiago, o filho mais velho, até já esteve com ela no trabalho. “Passou um dia comigo… no estúdio de ‘A Única Mulher’. Foi amoroso. Foi com a mãe, mas foi ver a Mara”, disse, sorridente.
O desgaste entre os atores é visível, no entanto, o facto de o elenco se conhecer e dar bem ajuda muito a ultrapassar as situações mais difíceis, como a morte do colega Nicolau Breyner e o cansaço acumulado. “Nós apoiamo-nos bastante uns aos outros”, afirmou.