Três semanas depois e, tal como aconteceu há dois anos, Cristina Ferreira dá grande destaque à sua mudança para a TVI na edição deste mês da sua revista “Cristina”. Num dos artigos escritos pela própria, a nova diretora de Entretenimento e Ficção explicou que deixou a SIC “porque quer ser mais feliz. Porque os sonhos podem crescer, porque podem ter limite definido, porque podem estar concluídos”, começa por apontar, esclarecendo que o seu sonho “há meses” que estava concluído. “Sabem quando não há mais nada a fazer porque o melhor já foi feito? É isso. Poderia ali ficar mais 20 anos. E nunca a sensação de profunda felicidade, desassossego, voltaria. Porque estava feito. E bem feito”, aponta.
No mesmo artigo, a apresentadora refere que há alturas em que a vida nos coloca à prova e evoca algumas das críticas que recebeu nesta fase. “Desculpem-me ser ‘ambiciosa, gananciosa, sededenta de poder e traidora’ (assim foi apelidada a minha mudança de estação). Por mais adjetivos que me atribuam, eu só tenho uma palavra para a definir: certeza. Eu tinha a certeza de que isto ia acontecer, talvez mais tarde, mas chegou agora”.
O “sonho” também é evocado e Cristina Ferreira esclarece que não foi interrompido mas “alimentado de mais vontade”. “Deixou de ser um programa para passar a ser uma estação inteira. É ambição? é. Vou ganhar mais dinheiro? Vou. Tenho mais poder? Tenho. E sabem que mais? Sou mulher”. E é aqui que a comunicadora volta a não ser branda nas palavras, esclarecendo que não o faz “porque fica bem ou por ser esse o ângulo que devo utilizar para ganhar mais uns pontos. Digo-o porque a nenhum homem, quando muda, são atribuídas as palavras ‘ganância’, ‘traidor’ ou sedento de ‘poder’. Num homem é crescimento”. A terminar, Cristina Ferreira conta que nos últimos tempos lhe têm dito que tem “uns grandes tomates”. Mas não é bem assim. “Tenho mamas e uma vagina”.