O seu nome dispensa apresentações. Seja no teatro, cinema ou televisão, Sandra Faleiro reúne consenso no que ao seu talento diz respeito. Dois anos depois de ter gravado “Prisioneira” para a TVI, a atriz de 50 anos aceitou o desafio de Daniel Oliveira para viver a Helena de “Por Ti”. Uma “mulher cheia de força e despachada, mas que teve um grande amor na sua vida e depois um casamento muito feliz e estável até que o amor antigo volta e toda a sua estrutura é abalada”, refere, acrescentando que agora é que se inicia o seu conflito: “Ela vai pôr tudo em causa, até porque o primeiro amor foi uma coisa traumatizante”.
Para a atriz, é importante gerir os trabalhos que aceita, por isso, opta por não entrar em novelas seguidas. “Faço sempre um bocadinho o exercício de ter saudades de fazer novela, para voltar com alguma frescura. Isso tem sido muito importante para mim. Faço uma novela, depois dedico-ma a umas coisas diferentes. É um pouco assim que vou gerindo a minha vida e a minha criatividade”, esclarece ela que tem feito várias séries, filmes e peças de teatro.
“Não dá para estar parada. Parar é morrer e eu gosto de desafios. Esta novela é também um desafio”, garante. E uma das grandes provas são as rodagens em tempos de pandemia. “Tem sido duro gravar. O que acontece é que as coisas mudam de um dia para o outro e temos de estar sempre a adaptar-nos. Nestes meses aconteceram muitos casos. Temos de estar sempre a decorar textos à última hora porque tudo pode mudar e temos de estar preparados. Não dá para fazer grandes planos semanais, tem de ser dia a dia. É uma aprendizagem, uma ginástica que temos que tentar criar”, frisa.
Reencontros felizes
“Por Ti” deu-lhe a possibilidade de rever dois atores com quem trabalhou há algum tempo. Luís Esparteiro, o seu eterno amor na série “Super Pai”, é hoje seu marido na história da SIC.
“Nunca mais tínhamos trabalhado, mas a nossa relação é ótima, damo-nos muito bem e temos uma enorme cumplicidade. Também estivemos dois anos a gravar ‘Super Pai ‘e ficámos com uma espécie de pequena família, nunca perdemos o contacto. Por isso, quando voltámos a contracenar foi tudo muito natural”, afirma.
Já Lourenço Ortigão passou de seu genro… a filho. “Em ‘Morangos com Açúcar’, eu era a mãe da Margarida [Sara Matos], o par romântico dele. É engraçado revê-lo tantos anos depois.”